Em visita à Maceió, o presidente Michel Temer disse nesta terça-feira que espera, no futuro, ser reconhecido como o maior presidente do Nordeste que o Brasil já teve. A região é reduto eleitoral petista.
“Embora seja de São Paulo, quero no futuro ser reconhecido como o maior presidente do Nordeste que esse país teve”, afirmou, em sua segunda viagem à região desde que assumiu o restante do mandato da petista Dilma Rousseff, cujo impeachment foi concluído no final de agosto.
Temer viajou ao Norte e ao Nordeste como presidente pela primeira vez no início do mês. Receoso com a possibilidade de enfrentar vaias e protestos em inaugurações de obras públicas, o presidente optou por pequenos eventos em algumas cidades de Pernambuco e por encontro fechado em Fortaleza (CE).
Nesta terça, o presidente lançou em Maceió um programa de ações para combater a seca que prevê investimento de R$ 755 milhões em 15 Estados -R$ 250 milhões provenientes da repatriação, R$ 255 milhões vindos de convênios com o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário e o restante previsto na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2017. Está prevista a construção de 133 mil cisternas e microaçudes.
Em uma crítica indireta ao governo Dilma, Temer disse ainda que a União “nunca apreciou dividir recursos com Estados e municípios”, em referência ao uso de dinheiro da repatriação nas ações. “Não há país forte com Estados e municípios fracos”, destacou.
De acordo com o governo, mais de um milhão de pessoas de 759 municípios serão atendidas.
Além de anunciar o programa, Temer também se comprometeu com a retomada de obras como a Transposição do São Francisco, o Canal do Sertão (em Alagoas) e a Adutora do Agreste (em Pernambuco).
Folhapress
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