Pouco conhecida e não tão popular nesta geração das redes sociais, Astrud Gilberto, cantora brasileira que morreu aos 83 anos nesta segunda-feira (5), foi dos maiores nomes da bossa nova no mundo. A artista nasceu em Salvador em 1940 e, ainda criança, se mudou para o Rio de Janeiro, onde conheceu João Gilberto, considerado o “pai da bossa nova”, e com ele se casou em 1959.
No ano seguinte ao seu casamento, Astrud Gilberto começou a carreira musical e, quatro anos depois, em 1964, consagrou como sucesso mundial a versão em inglês de “Garota de Ipanema”, segunda música mais regravada do mundo, atrás apenas de “Yesterday”, dos Beatles. Na época, a canção foi para o álbum “Getz/Gilberto” e chegou ao 2º lugar da Billboard 200, considerado o responsável pela popularização do da bossa nova no planeta.
O hit ainda atingiu o 5º lugar nas paradas americanas e vendeu mais de um milhão de cópias no mundo, segundo informações do livro “The Book of Golden Discs” (“O Livro dos Discos de Ouro”), de Joseph Murrells, publicado em 1978. No mesmo ano, ela lançou seu primeiro álbum solo e continuou na carreira musical até 2002, quando anunciou uma “folga por tempo indeterminado”.
Depois de uma carreira consolidada e astronômica, Astrud Gilberto se deu ao luxo de uma vida tranquila e anônima na Filadélfia, na Pensilvânia, nos EUA. Ela se dedicou a estudos de filosofia, à pintura e apoiando campanhas contra os maus tratos dos animais e, como escreveu a Folha de S.Paulo, “cercada da fina flor do jazz mundial”, onde partiu no início desta semana.
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