07 de agosto de 2024
Economia

Queda de juros já influencia desejo de compras dos brasileiros, aponta CNI

Os brasileiros querem aumentar as compras de bens de maior valor nos próximos meses, segundo o Índice Nacional de Confiança do Consumidor (Inec) divulgado hoje (27) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que registrou em abril uma elevação de 1,5% nesse indicador, com relação a março. O ânimo é explicado pela entidade como conseqüência da redução das taxas de juros pelos bancos oficiais e instituições financeiras.

A pesquisa foi realizada entre os dias 12 e 16 deste mês, pouco depois de iniciado o ciclo de redução das taxas de juros pelas instituições financeiras, o que permitiu a conclusão sobre a influência desse fato na disposição dos consumidores, segundo analistas da CNI. Foram realizadas 2.002 entrevistas para a composição do Inec anunciado hoje.

A alta de 1,5% no indicador de compras de bens de maior valor ajudou o Inec a se manter quase estável no mês, com ligeira queda de 0,2% ante o mês anterior. Com relação ao endividamento do brasileiro, segundo a pesquisa da CNI, houve queda de 1,7% nesse indicador (o que indica piora no endividamento) na comparação com o mês anterior, e um aumento de 0,7% na comparação com abril de 2011.

Segundo o Inec de abril, as expectativas em relação à inflação tiveram uma melhora de 0,5% em relação a março e de 5,9% na comparação com abril do ano passado. A expectativa quanto ao desemprego também melhorou, tendo subido 2,6% em relação ao mês anterior.

Por outro lado, as expectativas quanto à renda pessoal, à situação financeira e ao endividamento pioraram, de acordo com a pesquisa. No indicador de expectativa de renda pessoal, a queda foi de 2,4% ante março, ainda que esteja melhor do que abril de 2011, com um aumento de 0,7%. Em relação à situação financeira, houve queda de 1,1% em relação a março e de 0,9% em relação a abril de 2011.

De acordo com a CNI, o Inec tem mostrado estabilidade desde meados do ano passado, alternando entre altas e quedas moderadas. Em abril, o indicador ficou em 113 pontos, ante 113,2 pontos em março e 112 pontos em abril do ano passado. Ao longo desse tempo, variou entre a mínima de 111,8, em junho passado, e 113,6, em janeiro deste ano. (Agência Brasil)


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