10 de agosto de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 09:36

‘Que ninguém tenha compromisso com o erro’, diz Eunício sobre delação da JBS

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), afirmou esperar que “ninguém tenha compromisso com o erro” e defendeu investigação profunda e “sem precipitação” da delação da JBS.

“Eu sou a favor das investigações”, afirmou. “Que ninguém tenha compromisso com o erro, seja desse Poder [Legislativo], seja do Judiciário, seja do Executivo ou até dos membros do próprio Ministério Público.”

A fala de Eunício se dá no dia seguinte ao anúncio, feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de que investigará uma suposta omissão na delação dos empresários da JBS.

“Eu acho que a lei deve valer para todos”, afirmou o senador. “Espero que sem nenhuma precipitação as investigações sejam aprofundadas e que se tiver que cortar, que corte nas carnes de quem praticou atos adversos à moral e à boa prática pública.”

Janot determinou a investigação após ouvir áudio de cerca de quatro horas entre Joesley Batista, da JBS, e o lobista Ricardo Saud -que aparentemente não sabiam que estavam se gravando.

Nele, há indícios de crimes cometidos por agentes da PGR e do STF (Supremo Tribunal Federal). O procurador-geral chegou a afirmar nesta segunda-feira (4) que o acordo com os delatores pode ser cancelado.

Vazamento

“Eu espero, tenho certeza absoluta, que o Ministério Público não tenha compromisso com o erro”, disse Eunício nesta terça-feira (5). Ele criticou ainda os vazamentos e afirmou que a investigação deve ser concluída antes de ser divulgada.

Para ele, os vazamentos beneficiam os delatores, “homens que cometeram delitos comprovados, que roubaram dinheiro público e que para não serem presos contam qualquer história”.

O presidente interino da Câmara dos Deputados, André Fufuca (PP-MA), também pediu investigações. “O que eu quero é que seja feita a justiça de todos os lados, independentemente de quem seja, de quem cometeu o crime”, afirmou.

Ambos os presidentes das Casas Legislativas se recusaram a comentar como a reviravolta no caso da delação, que embasou a primeira denúncia contra o presidente Michel Temer, deve afetar a provável segunda denúncia a ser apresentada pela PGR contra o peemedebista.

“O Senado tem que ficar distante”, disse Eunício sobre as acusações contra seu correligionário. Já Fufuca afirmou que o assunto é interno ao Judiciário e que não emitiria parecer. (Folhapress)

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