Os bancos franceses BNP Paribas, Banque Populaire et Caisse d’Épargne (BPCPE), Société Générale e Crédit Agricole são acusados de financiar, entre 2013 e 2022, desmatamento no Cerrado, bem como na Amazônia.
As acusações são resultado de uma investigação realizada pelos veículos de comunicação Disclose e Repórter Brasil, em parceria com as organizações não governamentais (ONGs) Sherpa, Harvest e Center Climate Analysis.
Os quatro bancos teriam financiado empresas ligadas ao desmatamento em ambos os biomas. Ao todo, o financiamento, em um intervalo de quase dez anos, chegou a R$ 4,2 bilhões, o equivalente a aproximadamente € 743 milhões.
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A investigação aponta mais de 12 transações financeiras entre os bancos em questão e grandes empresas do agronegócio, como as brasileiras JBS, Minerva e Marfrig e as americanas Bunge e Cargill.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o desmatamento no Cerrado registrou um aumento de 28% nos sete primeiros meses de 2022, na comparação com o mesmo período do ano passado.
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