12 de setembro de 2024
Vírus • atualizado em 15/08/2023 às 08:42

Quase metade das mortes por problemas respiratórios em Goiás foi provocada por Covid-19

De acordo com os dados da secretaria, de janeiro a julho de 2023, foram registradas 553 mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) em Goiás, sendo 262 por Covid-19, o que representa 47% dos casos
Cobertura vacinal contra a covid-19 preocupa as autoridades de saúde de Goiás: apenas 11% dos idosos e 10% das crianças de 6 meses a 2 anos tomaram as doses da vacina. Foto: reprodução
Cobertura vacinal contra a covid-19 preocupa as autoridades de saúde de Goiás: apenas 11% dos idosos e 10% das crianças de 6 meses a 2 anos tomaram as doses da vacina. Foto: reprodução

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES) fez um comunicado nesta segunda-feira (14) sobre a situação crítica da Covid-19 no estado e a baixa cobertura vacinal. A SES informou que o imunizante bivalente, que protege contra a cepa original do coronavírus e as subvariantes ômicron, está disponível à população desde o dia 27 de fevereiro deste ano, mas apenas 11% do público-alvo, que inclui idosos, imunocomprometidos e comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas, receberam a dose de reforço, com 697.687 doses aplicadas até o momento.

De acordo com os dados da secretaria, de janeiro a julho de 2023, foram registradas 553 mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) em Goiás, sendo 262 por Covid-19, o que representa 47% dos casos. A maioria das vítimas (77%) tinha mais de 60 anos. Além disso, foram notificados 5.880 casos de Srag, sendo 1.032 por Covid-19 (17%).

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“A Covid-19 continua fazendo vítimas, claro que em um número menor do que a gente viveu em 2020 e 2021, onde nós tivemos o maior número de casos e óbitos, mas ela continua sendo a doença que mais tem causado formas graves de Síndrome Respiratória Aguda Grave e óbitos”, disse a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim.

Tempo seco e os problemas respiratórios

A SES alertou ainda para o perigo do tempo seco, que favorece o desenvolvimento de problemas respiratórios, e reforçou a importância da vacinação contra a Covid-19, que pode evitar as complicações e os óbitos pela doença.

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A situação é ainda mais preocupante entre o público infantil. De um total de 242.943 crianças na faixa etária de 6 meses a 2 anos em Goiás, apenas 24.691 receberam a primeira dose da vacina monovalente, o que corresponde a uma cobertura vacinal de apenas 10%.

“A gente vem reforçando a importância da vacinação, principalmente entre os idosos, por serem mais vulneráveis a essas doenças e mesmo assim, quando a gente avalia a cobertura geral, ela não passa de 11%, que é muito baixa”, afirmou Flúvia Amorim.

A superintendente da SES alertou ainda para o risco das mutações do vírus da Covid-19. “A gente sabe que o vírus da Covid é altamente mutável. Temos monitorado essas mutações desde o início, mas quanto mais pessoas vacinadas e com cartão atualizado, menor o risco de ter um boom de casos graves, como tivemos em anos anteriores”, ressaltou.

Vacina bivalente

A SES informou que a vacina bivalente é recomendada para pessoas maiores de 18 anos que já receberam duas doses do esquema primário com a vacina monovalente e para aqueles com mais de 12 anos que apresentam comorbidades e que também já tomaram duas doses do esquema primário. O imunizante está disponível nos 900 postos de saúde do estado, espalhados pelos 246 municípios goianos.


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