De acordo com dados do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), divulgados pelo portal Metrópoles, 4.941 eleitores paulistas, que provavelmente queriam votar no presidente Jair Bolsonaro (PL), digitaram 17 na urna.
O número foi usado por Bolsonaro nas eleições de 2018, quando ele era filiado ao PSL. O partido se fundiu ao União Brasil, que usa o 44. Portanto, o 17 não pertence mais a alguma legenda e, por isso, ao digitá-lo na urna, o voto é considerado nulo.
No primeiro turno, Bolsonaro ganhou de Lula (PT) em São Paulo. O presidente teve 12.239.989 votos (47,71%) contra 10.490.032 votos do petista (40,89%), uma diferença de quase 2 milhões de votos. No segundo turno, a expectativa da campanha bolsonarista é dobrar essa vantagem.
O Diário de Goiás já havia mostrado que 521 mil eleitores de São Paulo anularam o voto ao digitar 22 na urna, segundo a revista Veja, que também se baseou em dados do TRE-SP. O número é o do atual partido de Bolsonaro, mas Tarcísio é filiado a uma outra legenda e, portanto, usa um número diferente. No caso, o 10.
Na reta final, conforme mostrado pelo portal UOL, Tarcísio deve priorizar uma campanha de esclarecimento, no seu discurso e de seus aliados, sobre o número correto, além de adesivaços e distribuição de panfletos para alertar a diferença.
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