12 de agosto de 2024
Cidades • atualizado em 12/02/2020 às 23:51

Quadrilhas de Iterley e Thiago Topete teriam praticado 50 homicídios, diz delegada

Delegada adjunta da DIH, Miriam Vidal. (Imagem: G1)
Delegada adjunta da DIH, Miriam Vidal. (Imagem: G1)

A Polícia Civil do Estado de Goiás (PC-GO) enviará nesta sexta-feira (4) ao Poder Judiciário mais 18 inquéritos concluídos relativos aos crimes praticados pelas quadrilhas comandadas pelos traficantes Iterley Martins de Souza, também conhecido como Magrelo, e Thiago Topete.

Segundo a adjunta da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH), delegada Miriam Vidal, somando todos os inquéritos relacionados às duas organizações criminosas, a PC acredita que foram executadas 50 pessoas.

“Juntando aqueles [inquéritos policiais] que já foram encaminhados para o Poder Judiciário, essas que serão encaminhadas hoje e os que ainda ficam na Delegacia [para conclusão], acredito que somam 50 homicídios”, disse Miriam Vidal.

A delegada ainda informou, em entrevista coletiva, que as duas quadrilhas estão “neutralizadas”, uma vez que quase todos os integrantes estão presos e deverão ser instalados separadamente no Complexo Prisional.

“As duas associações somavam um número de aproximadamente 19 integrantes, sendo que somente um está em liberdade, está foragido”. E continua: “Estamos encaminhando todos os inquéritos, inclusive pedindo Regime Disciplinar Diferenciado, ou seja, para que cada um seja colocado isoladamente do outro, para que se neutralize o comando que existe de dentro do Complexo Prisional”.

Origem da briga

Ainda de acordo com Miriam Vidal, os dois grupos, originalmente, traficavam de forma “pacífica na área”. No entanto, com uma primeira morte e desentendimento por uma arma de fogo, um traficante matou outro e, aí, houve a divisão.

“A partir do momento dessa cisão, eles começaram, primeiro, a lutar por determinados pontos de venda de drogas e, depois, podemos ver [durante das investigações] que os homicídios se tornam pessoais. Ou seja, já não era sequer pelos pontos de drogas e, sim, tentando eliminar a organização contrária”.

Com isso, a maioria das mortes foi praticada por vingança. A delegada afirma que existem relatos colhidos pela Polícia Civil dos próprios integrantes das quadrilhas sobre a prática dos crimes.

“Eventualmente eles saíam em dois ou três carros, todos os integrantes, e percorriam as ruas dos setores procurando alguém da associação contrária para matar. Eles falam claramente em guerra. Com esse trabalho, foram elucidadas 18 mortes e três tentativas”.

Para a Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc), as duas organizações criminosas são as que mais matam em Goiânia. “A Denarc investigou, porque está intimamente ligado ao tráfico de drogas todas essas mortes, e afirma que o Iterley seria o maior traficante não de Goiânia, mas do Estado de Goiás”.

Prisão

Iterley foi preso no dia 21 de setembro em Fortaleza, no Ceará, pela Polícia Civil de Goiás. No dia 23 de setembro o traficante foi apresentado à imprensa goiana. No dia 27 de outubro o “número dois” do grupo de Iterley, Leandro Gonçalves Cândido, conhecido como Leandrinho, foi preso em Goiânia.

No dia 10 de novembro, o namorado da sobrinha de Iterley também foi preso em Goiânia. Segundo a Polícia Militar, Matheus foi preso por tráfico juntamente com outros dois suspeitos, Jefferson e Marcus Vinícius, no Jardim Planalto.

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