19 de novembro de 2024
Mundo • atualizado em 13/02/2020 às 01:09

Quadrilha usou imagens de drone para planejar mega-assalto no Paraguai

Ataque a empresa de valores no paraguaia. (Foto: Christian Rizzi /Fotoarena/Folhapress)
Ataque a empresa de valores no paraguaia. (Foto: Christian Rizzi /Fotoarena/Folhapress)

A polícia do Paraguai prendeu nesta quinta-feira (27) um brasileiro suspeito de ser um dos líderes da quadrilha que assaltou a empresa de valores Prosegur, no último domingo (23).

Wellington Tiago Miranda, 35, foi preso em uma casa de luxo no condomínio de alto padrão Paraná Country Club, em Ciudad del Leste, na fronteira com o Brasil.

Segundo Valdo Melo Jorge, comissário da polícia paraguaia, Wellington seria ligado ao PCC (Primeiro Comando da Capital). A facção criminosa paulista é suspeita de ter comandado o assalto.

Na casa de Wellington, também foram apreendidos uma pistola 765 (com munição) e um drone.

“No drone encontramos imagens da região da Prosegur até a ponte da Amizade”, disse o comissário. As imagens serviriam para organizar o assalto e também verificar possíveis rotas de fuga da quadrilha.

De acordo com o comissário, Wellington alugou a casa há cerca de um mês. Ele foi denunciado por vizinhos.

Na noite do assalto, vizinhos viram sete carros com placas brasileiras paradas na frente da casa. Para a polícia, esses veículos foram utilizados durante o assalto.

Na casa, a polícia apreendeu quatro veículos (três com chapas brasileiras e outro sem placa). De acordo com o comissário da polícia paraguaia, veículos com características parecidas foram vistos em imagens de vigilância da Prosegur.

Mega-assalto

O assalto a Prosegur aconteceu no final da noite de domingo (23), quando um grupo criminosos usou bombas e fuzis para explodir as paredes blindadas da transportadora. Ele usou armamentos que as polícias brasileira e paraguaia não dispõem, como metralhara.50, capaz de derrubar aeronaves.

Os bandidos chegaram a queimar carros e caminhões para impedir que policiais se aproximassem da sede da companhia. Na empresa, apenas três funcionários faziam a segurança. Um policial que estava na rua foi assassinado.

Depois de pegar o dinheiro, os homens fugiram em carros pela Supercarretera, rodovia que corta Ciudad del Este e passa próximo da usina de Itaipu, até a margem do rio, numa área conhecida como Lago Itaipu. Eles então usaram dois barcos em direção ao Brasil.

Para policiais federais ouvidos pela reportagem, os bandidos preferiram usar o rio Paraná porque essa é uma rota com menos fiscalização do que a tradicional travessia pela ponte da Amizade. É pelo rio que contrabandistas e traficantes de drogas têm entrado com mercadoria no país.

Parte dos ladrões que atacaram a Prosegur chegou de barco ao distrito rural de São José do Itavó, na cidade paranaense de Itaipulândia. No local, depararam-se com policiais. Houve tiroteio e três suspeitos morreram -outros foram detidos. Parte do grupo fugiu para cidades como Santa Helena e Cascavel.

Segundo a PF, já foram recuperados R$ 4,5 milhões do total. Dois barcos foram apreendidos -dentro deles havia fuzis abandonados. (Folhapress)

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