O presidente russo Vladimir Putin considera que o bombardeio americano contra a base aérea do regime sírio é uma “agressão contra um Estado soberano” baseado “em pretextos inventados”, afirmou o Kremlin, principal aliado do regime de Bashar al-Assad.
“Esta ação de Washington causa um prejuízo considerável às relações entre Estados Unidos e Rússia, que já se encontram em um estado lamentável”, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
O porta-voz do Exército russo anunciou nesta sexta-feira que apenas 23 dos 59 mísseis americanos atingiram a base aérea síria de Al-Shayrat. No anúncio, os militares russos disseram ainda que seis jatos foram destruídos na base e que a pista está intacta.
A Rússia afirma que as defesas antiaéreas do Exército da Síria devem ser reforçadas. “Com o objetivo de proteger as infraestruturas sírias mais sensíveis, vamos adotar uma série de medidas o mais rápido possível para reforçar e melhorar a eficácia do sistema de defesa antiaérea das Forças Armadas sírias”, declarou o porta-voz do Exército russo, Igor Konachenkov.
O Kremlin também afirmou que irá suspender o acordo que havia firmado com os EUA de informar os americanos do uso do espaço aéreo sírio.
Moscou voltou a afirmar que o governo sírio não possui armas químicas e que não foi responsável pelo ataque que deixou mais de 80 mortos na última terça-feira (4).
A Rússia convocou uma reunião do Conselho de Segurança da ONU para discutir o ataque com mísseis dos EUA contra a Síria nesta quinta-feira (6).
Moscou é aliada do regime do ditador sírio Bashar al-Assad desde 2015. A declaração do Kremlin também afirma que Putin crê que o ataque americano cria um “sério obstáculo” para a criação de uma coalizão internacional de luta contra o terrorismo.
ALIADO
O governo do Irã foi outro que condenou o ataque americano. Para o país persa, a intervenção servirá apenas para “deixar os terroristas do país mais fortes”.
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