A crise política detonada pelas revelações feitas pelo empresário Joesley Batista, sócio da J&F, repercute nas principais publicações internacionais.
A inglesa “The Economist” escreve que a revelação de que o presidente Michel Temer teria dado aval para a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, preso em Curitiba, põe em risco o governo de Temer.
A revista, no entanto, considera ainda ser demasiado cedo para julgar se o “escândalo carnudo”, como afirma ironicamente, forçará Temer a deixar o cargo.
A “Economist” lembra, por fim, que a crise dificulta ainda mais as reformas propostas por Temer nas finanças do país.
Mais voltados para a área econômica, o americano “The Wall Street Journal” e o inglês “Financial Times”, destacaram os efeitos negativos para as ações brasileiras após as revelações de Batista.
O “WSJ” enfatiza a queda do real diante do dólar e a ameaça à aprovação das reformas econômicas pelo Congresso.
O “FT” fala ainda da queda de 10% da Bolsa brasileira que, pela primeira vez desde 2008, recorreu ao mecanismo de “circuit breaker”, que trava as negociações em caso de instabilidade no mercado.
A rede britânica BBC também dá destaque à derrocada das ações brasileira nos mercados mundiais.
Na Espanha, o jornal “El País” destaca como o “terremoto político” causado pelas revelações sobre Temer levou à queda da Bolsa brasileira. Segundo a publicação “o mercado entrou em pânico diante da possibilidade de que o escândalo derrube Temer impedindo a aprovação de seu programa liberal”.
O jornal da Argentina “La Nacion” diz que o governo do país segue com acompanha com preocupação o escândalo brasileiro. “No Japão, [o presidente] Mauricio Macri segue com atenção o impacto que pode ter sobre a economia argentina. (Folhapress)
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