A coligação Juntos por Goiás e pelo Brasil, que conta com PT, PSB, PCdoB e PV, entrou com uma representação contra uma promoção de R$ 22 da picanha “Mito”, do Frigorífico Goiás, em apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), e pediu a suspensão da mesma, além da retirada da divulgação nas redes sociais.
Segundo o pedido, a promoção “evidentemente tem caráter político eleitoral, e pelo porte do comercio de carnes que é um dos maiores do Brasil e do Estado de Goiás, causará artificialmente, na opinião pública, estados mentais, emocionais ou passionais a favor dos candidatos do Partido Liberal que possui o nº 22, inclusive o candidato a Governador 22”, o que seria um “tipo de publicidade é vedada pela legislação eleitoral”.
O processo já foi distribuído ao juiz Wilton Müller Salomão, do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO). Até o fechamento dessa matéria, porém, não houve decisão.
O apoio do Frigorífico Goiás ao Bolsonaro não é nenhuma novidade. A empresa é famosa pela defesa intransigente do presidente nas redes sociais e fez promoção semelhante em 2018. Quando o candidato ainda estava no PSL, vendeu peças de carnes a R$ 17,00, número na urna do partido, que, depois, se juntou ao DEM, formando o União Brasil. A iniciativa rendeu uma ação na Justiça Eleitoral por propaganda irregular.
Em maio de 2021, a empresa virou destaque ao presentear Bolsonaro com uma peça nobre de picanha da raça japonesa wagyu, com preço R$1.799,99. Quem ficou responsável por assar a iguaria foi o ‘churrasqueiro dos artistas’ Tchê. Inclusive, o Frigorífico Goiás, que já teve o cantor Gusttavo Lima em seus quadros societários, usa a foto deste encontro para promover a promoção.
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