Líder do PT no Senado, Gleisi Hoffmann (PR) afirmou nesta segunda-feira (24) que dentro de seu partido “não tem bandido”, mas “pessoas que podem ter errado”.
Diante de uma plateia formada por militantes e dirigentes petistas, além do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, Gleisi disse que “não é na primeira denúncia” que a legenda vai “abaixar a cabeça”.
“Aqui não tem bandido, aqui tem pessoas que podem ter errado. Aqui tem gente que se preocupa com o Brasil”, disse a senadora durante evento do PT.
“Não é na primeira denúncia que abaixamos a cabeça, que vamos para o exterior”, completou.
Gleisi integra a lista de parlamentares investigados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) na Operação Lava Jato. Ela também é ré na corte.
Ela é suspeita de ter recebido dinheiro de caixa dois da Odebrecht durante suas campanhas em 2008, 2010 e 2014. A petista nega as acusações e diz que as doações eleitorais foram feitas dentro da lei.
Durante encontro das bancadas do PT na Câmara e no Senado para debater a situação econômica do país, a senadora fez um discurso contra o governo Michel Temer e as reformas propostas pelo peemedebista que, segundo ela, tiram direitos dos trabalhadores.
“Estamos firmes, fortes e ativos. Não é a perseguição a Lula que vai nos deixar calados”, disse Gleisi.
A senadora é candidata à presidência do PT pelas mãos de Lula, que costurou um nome único para tentar evitar rachas internos no partido.
O ex-presidente conseguiu que dois pré-candidatos da corrente majoritária petista, a CNB (Construindo um Novo Brasil), retirassem suas candidaturas em benefício de Gleisi. Falta o senador Lindbergh Farias (RJ), que ainda insiste em disputar o cargo.
‘SEM CULPA’
Atual presidente do PT, Rui Falcão fez um discurso em defesa de Lula, disse que a Lava Jato é uma “novela” e que o ex-presidente precisa “fechar” o enredo em depoimento ao juiz Sergio Moro.
Falcão saiu em defesa de petistas que estão presos, ainda que sem citar nenhum nominalmente. Antonio Palocci, José Dirceu e João Vaccari Neto estão presos em Curitiba.
“Temos companheiros presos sem culpa formada e é preciso estender nossa solidariedade a eles”, disse Falcão.
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