Faltando pouco mais de um ano para as eleições municipais de 2024 no Brasil, o PT já informou que está liberada a aliança com o PL. O anúncio, feito na última segunda-feira (28), foi feito após o comando petista decidir, por 29 votos contra 27 que a parceria está liberada. Após isso, já houve políticos filiados ao Partido Liberal que afirmou sair da legenda se isso acontecer.
Um destes parlamentares foi o senador do Espírito Santo, Magno Malta, que expressou revolta nas redes sociais. “Se o PL entrar no PT, tem que fazer a entrada pela porta do fundo, porque nós, conservadores e patriotas, sairemos pela porta da frente”, escreveu o político.
Já da parte da Câmara, Marco Feliciano, segundo a coluna de Paulo Capelli, do Metrópoles, disse que é preciso “de uma vez por toda saber o que, como partido, somos! Fica confuso ter que olhar orientação de partido e oposição!! PL é ou não oposição? Não se vence a maioria? A maioria não é oposição? Por que orientação diferente?”.
Isso acontece por que, para dirigentes do PL, a rivalidade nacional entre as siglas que representam o ex-presidente Jair Bolsonaro e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem menos peso nos pleitos municipais. Então, conforme publicado pelo O Globo, os líderes da legenda estariam estudando como formar tais alianças com a esquerda. Apesar disso, claramente não deixa parlamentares de Brasília felizes.
Um exemplo é na Bahia, onde o deputado estadual Raimundinho da JR (PL) estaria buscando o apoio do governador Jerônimo Rodrigues (PT), de acordo com O Antagonista, para sair como candidato à prefeitura de Dias D’Ávila. “Em agosto, o parlamentar chamou o petista de “grande líder” ao anunciar a indicação de emendas à Saúde e um projeto de tratamento de água”, consta na matéria do site.
Em Goiás, por exemplo, não há indícios de que a parceria aconteça em algum município e nenhum dos três deputados estaduais, ou dos quatro parlamentares federais do PL goiano têm um perfil que aceitaria tal parceria. Inclusive o deputado estadual Delegado Eduardo Prado adiantou ao Diário de Goiás de Goiás que “PT e o PL são como água e óleo”.
“O PT e o PL são como água e óleo. Ideologias diferentes, divergências políticas, pensamentos políticos antagônicos. Acredito que o PL Nacional não coadunará com alianças do PL com qualquer partido da esquerda, sob pena de esfacelar o maior partido do Brasil, que é oposição ao PT. Quem for candidatar a qualquer cargo majoritário em 2024 e ventilar interesse em aliar-se ao PT, deve, ao meu, se desligar do PL e procurar outra sigla”, disse em entrevista ao DG.
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