O PT protocolou no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nesta terça-feira (9) uma representação por suposto abuso dos meios de comunicação e de poder econômico praticado pela TV Globo e pelos apresentadores Luciano Huck e Fausto Silva.
O deputado Paulo Pimenta (RS) e o senador Lindbergh Farias (RJ), que assinam a representação, sustentam que Huck e sua mulher, a também apresentadora Angélica, trataram “da promoção da pré-candidatura dele [Huck] através de artifícios (entrevista despretensiosa) que objetivam auferir dividendos eleitorais, afetando desde logo a isonomia entre os pré-candidatos” à Presidência, em entrevista no Domingão do Faustão do último domingo (7).
“Durante vários minutos, em rede nacional, discorreram acerca da necessidade dos brasileiros darem espaço para uma candidatura nova, diferente de tudo e de todos que aí se encontram, capaz de agregar novos valores à política e à vida nacional, de modo que somente através de candidaturas como a representada por Huck o país e as futuras gerações poderiam vislumbrar um futuro melhor”, diz a representação.
A ação foi encaminhada ao ministro Tarcisio Vieira, que preside o TSE durante o recesso forense. O ministro enviou o caso à Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral, como foi requerido pelo PT.
O partido pede que a Corregedoria caracterize o abuso de poder econômico e dos meios de comunicação da TV Globo e do apresentador Fausto Silva, e que Huck fique inelegível ou tenha negado seu pedido de registro de candidatura. O apresentador tem negado a intenção de se candidatar à Presidência, apesar das especulações em torno de seu nome.
OUTRO LADO
Em nota publicada pela Folha de S.Paulo nesta quarta (10), a Globo afirmou que quadros da emissora que eventualmente forem disputar a eleição são proibidos de aparecer em sua programação.
“A TV Globo reitera que não apoia qualquer candidato e que se limitará a realizar a cobertura jornalística das eleições de 2018, seguindo as regras de seus princípios editoriais”, diz o texto.
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