22 de dezembro de 2024
Ação

PSOL pede cassação do mandato de Damares por ser apontada responsável pela crise dos yanomamis

No protocolo do partido consta uma série de documentos enviados a ex-ministra sobre episódios de violência contra povos indígenas
PSOL pede cassação do mandato de Damares Alves. (Foto: Divulgação)
PSOL pede cassação do mandato de Damares Alves. (Foto: Divulgação)

O PSOL protocolou nesta quinta-feira (9), no Congresso Nacional, uma representação ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, pedindo a cassação do mandato da ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, e senadora eleita, Damares Alves (Republicanos-DF), apontada pelo partido como uma das responsáveis pela crise humanitária do povo Yanomami. As informações são do site UOL.

Damares Alves foi ministra de uma pasta que buscava emular o Ministério dos Direitos Humanos, o qual o partido da bancada petista alega que foi completamente inviabilizado durante o governo do então presidente Jair Bolsonaro.

A ex-ministra já é alvo de polêmicas desde anos anteriores. Em 2020, ela foi acusada de divulgar informações a grupos de extrema direita sobre uma menina de 11 anos que faria uma cirurgia de aborto de um feto gerado por estupro. No mesmo ano ela também abrigou na pasta, como assessora, a porta-voz do grupo ‘300 do Brasil’, Sara Winter.

Inclusive, no protocolo do PSOL, consta uma série de documentos enviados a Damares enquanto cabeça da pasta pelo Ministério Público Federal (MPF) e por organismos internacionais, incluindo a própria Organização da Nações Unidas (ONU), sobre episódios de violência contra povos indígenas.

O partido aponta que se Damares não estivesse ignorado os alertas, como aconteceu em grande parte dos casos, ela os enviaria a outros ministérios e órgãos. Para a ação protocolada pela sigla, Damares foi “peça fundamental”, por ação ou omissão, no projeto de genocídio do povo Yanomami.

A legenda ainda acrescentou também à ação, manifestações de Damares que vão contra a implantação de políticas sanitárias nos territórios yanomami durante a pandemia de Covid-19. Seu suposto ministério dos Direitos Humanos vetou o fornecimento água potável e equipamentos médicos.


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