Os seis deputados do PSOL que se pronunciaram no plenário da Câmara dos Deputados neste sábado (16) no processo de pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), contestaram a legitimidade do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB), que conduz o processo, por ser réu em inquérito autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), suspeito de receber propina e lavagem de dinheiro.
O líder da sigla na Casa, Ivan Valente (SP) apresentou o PSOL como um partido de oposição à esquerda, que não possui cargos no governo federal. O deputado federal comparou o processo ao golpe militar de 1964. Para Ivan, caçar a presidente “por impopularidade ou por ‘conjunto da obra’, com todas as críticas que nós temos […] é uma farsa”.
O deputado Jean Wyllys (RJ) disse estar constrangido por participar de um processo de pedido de impeachment conduzido por um “réu que se comporta como gângster” e que tentar afastar Dilma da Presidência é um ataque contra as eleições diretas. “A tentativa de perdedores ressentidos, conspirados, traidores, da grande mídia, de forçarem uma eleição indireta, ilegal e imoral não tem outro nome: é golpe, golpe parlamentar”.
Mesmo posicionando contra o pedido de impeachment, o PSOL não deixou de criticar o governo Dilma. “Há um desrespeito da vontade popular expressa nas ruas, no último pleito presidencial, que não está sendo respeitado nem pela oposição nem pela situação. Dilma desrespeitou o programa pelo qual se elegeu, ao adotar política econômica semelhante a de seus adversários”, afirmou a deputada Luiza Erundina (SP).
Com informações da Agência Brasil
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