Psicólogos e médicos que prestam serviços para o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-GO) tentam uma última negociação na tarde desta segunda-feira (14) para evitar uma paralisação de dois dias – de terça a quarta (15 e 16) -, aprovada em assembleia dos profissionais, devido à falta de correção dos valores pagos, que estão defasados há nove anos.
Os profissionais afirmam que tentaram diálogo com o presidente do Detran, delegado Waldir Soares, mas ainda não tiveram êxito. A reunião desta tarde será no Palácio das Esmeraldas, conforme a associação que representa os psicólogos e os médicos que atuam para o departamento.
Procurado pela reportagem, Soares deve se manifestar após a reunião, conforme sua assessoria.
A Associação dos Psicólogos de Tráfego de Goiás, informou ao Diário de Goiás que as duas categorias não estão reivindicando aumento salarial, mas sim a correção do que está defasado e que é prevista anualmente, mas não vem sendo aplicada.
“O que está sendo negado a nós é o reajuste anual como acontece os serviços do Detran, menos com as nossas avaliações”, justifica. Ele informa que a última tabela é de 2017.
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Se a reunião não sinalizar positivamente, os psicólogos e médicos que prestam serviços como exames psicológicos, atuam na Junta Psicológica e Junta Especial de Saúde devem suspender os serviços por dois dias. A decisão foi aprovada em assembleia no dia 10. O mesmo ocorre com os médicos que atuam em exames médicos e nas Juntas Médica e Técnica Médica.
Defasagem
Atualmente, os psicólogos recebem R$ 100,00 para exames comuns e R$ 65,00 para o ACC (autorização para conduzir ciclomotores). A atuação nas duas juntas é paga com R$ 135,00. Conforme a associação, caso haja a correção reivindicada, os valores passam a ser R$ 177,46 para o exame psicológico comum, R$ 115 para os de ACC, e R$ 239,57 pela atuação nas Juntas Psicológica e Especial de Saúde.
No caso dos médicos, os valores pagos atualmente passariam de R$ 90,00 para 159,71 no exame médico comum, de R$ 60,00 para R$ 106,48 no exame de ACC, de R$ 150 para R$ 266,19 na atuação da Junta Médica e de R$ 108,00 para R$ 191,66 na Junta Técnica Médica.
Além da correção da tabela, os psicólogos do trânsito também reivindicam que seja pago à categoria o chamado re-teste. Segundo a associação, quando a pessoa não passa em uma avaliação psicológica, o Detran dá a ela o direito de uma nova avaliação, com a aplicação de outros testes, “mas nos temos os gastos, então a categoria quer que seja cobrado o re-teste”, frisa.
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