05 de dezembro de 2025
CRIME NO BOSQUE

Psicólogo que matou músico no Bosque dos Buritis agiu por ciúmes e premeditou

Arthur Lima teria criado perfil falso para atrair Bruno Duarte, com quem a ex-mulher se relacionava. Crime foi gravado por testemunhas
Psicólogo e professor Arthur Vinícius Silva Lima foi preso dois dias depois de matar músico no Bosque - Foto reprodução de vídeo
Psicólogo e professor Arthur Vinícius Silva Lima foi preso dois dias depois de matar músico no Bosque - Foto reprodução de vídeo

O psicólogo e professor universitário Arthur Vinícius Silva Lima, de 32 anos, preso por matar, por ciúmes, o músico Bruno Duarte, 36, no Bosque dos Buritis, em Goiânia, no sábado (26) premeditou o assassinato. A Polícia Civil apurou que ele criou um perfil falso e atraiu a vítima até o Bosque, no Setor Oeste.

Embora tenha tentado se justificar, alegando que houve legítima defesa, Arthur aparece em um vídeo em cima de Bruno, desferindo vários golpes de faca enquanto a vítima grita desesperadamente. O vídeo também o mostra escapando em um veículo preto.

Arthur fugiu para Águas Lindas, Caldas Novas e depois Catalão, onde foi preso pela Polícia Militar na companhia do pai.

Trechos de conversas obtidas e reveladas pela Tv Anhanguera nesta terça-feira (29), mostram que o psicólogo vinha ameaçando a ex-mulher, com quem tem três filhos, e também Bruno.

Em uma das mensagens, Arthur demonstra revolta não apenas por causa da frustração de a ex estar se relacionando com o músico, mas também por ser alguém que estava começando na área musical, que ele próprio abandonou.

Tanto o suspeito do assassinato, quanto a vítima tinham em comum o fato de terem feito o curso de Música do Instituto Federal de Goiás (IFG), em Goiânia. Bruno, entretanto, estava concluindo os estudos, enquanto Arthur posteriormente cursou Psicologia e foi lecionar em outro IFG, o de Águas Lindas. O currículo do professor possui participação em várias atividades dos dois cursos.

Em nota, o IFG informou que reitera “a sua incessante defesa pela vida, pela não violência e lamenta profundamente a morte prematura do nosso estudante, ao mesmo tempo que se solidariza com a família e os amigos enlutados”.

O delegado que está à frente do caso, Vinícius Teles, da Delegacia de Homicídios observou nesta terça que a tese de legítima defesa de Arthur não se sustenta. O psicólogo afirmou que foi humilhado e que a vítima tinha uma faca, mas houve testemunhas que revelaram outro contexto e inclusive filmaram a cena.

“Depois que ele [Arthur] desferiu vários golpes [de faca], a vítima já estava totalmente desfalecida e não movimentava mais. Ele sai, volta, e ainda desfere pelo menos mais três golpes no pescoço”, explicou o delegado. Segundo ele, isso significa que, mesmo que Arthur tivesse agido em legítima defesa, “ela não estaria presente no caso porque houve o excesso doloso [intenção]” de matar Bruno.


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