O presidente do PSB em Goiás e pré-candidato ao governo do Estado Vanderlan Cardoso, avalia a iniciativa do presidente nacional do partido, Eduardo Campos, em devolver os cargos da legenda na administração da presidente Dilma Rousseff (PT), como certa. “Assim ficamos mais à vontade para fazermos nossas articulações. Eduardo é um pré-candidato à presidência da República e precisava tomar essa atitude”, diz.
Vanderlan, que compõe a terceira via goiana ao lado do deputado federal Ronaldo Caiado (DEM), do ex-secretário da Fazenda Jorcelino Braga (PRP) e do ex-governador Alcides Rodrigues (ex-PP), acredita que o afastamento do PSB do PT nacional pode repercutir em Goiás de forma positiva. “Todos os diretórios acabaram ganhando mais autonomia. Temos mais liberdade para fazermos nossas articulações políticas”, afirma.
O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em entrevista aos repórteres Tereza Cruvinel e Leonardo Cavalcante, lamentou o afastamento do PSB, mas falou sobre a manutenção de uma possível aliança. “Eu só acho que foi um prejuízo para a gente ter o partido, e sobretudo o Eduardo Campos, do outro lado. Isso aconteceu apenas quando o Gartotinho foi candidato contra mim – pelo PSB –, em 2002. Se Campos vai ser candidato, nós temos de ter uma regra de comportamento. Se a eleição não terminar no primeiro turno, poderemos ter aliança no segundo turno”, ressaltou o petista.
Em Goiás, Vanderlan Cardoso deixa a questão em aberto. “Não temos nada definido sobre segundo turno. Se a disputa não se encerrar no primeiro turno, decidiremos depois, no momento certo. Até agora o que temos é que lançaremos candidato, o que torna uma união total das oposições impossível.”
O presidente do PSB em Goiás diz ainda que a presença do democrata Ronaldo Caiado não provoca nenhuma dificuldade de diálogo com o PT e o PMDB goianos. “Ao contrário, a presença do Caiado, assim como do Dr. Alcides, só abre portas para conversas e possíveis alianças.”
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