23 de dezembro de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 00:32

PSB critica medidas econômicas ‘ortodoxas’ do governo

Integrante da base aliada, o PSB anunciou nesta quinta-feira (15) que “não aprovará ou apoiará medidas que produzam diminuição ou supressão de direitos salvo se estes representarem privilégios”. O partido comanda hoje uma pasta na Esplanada dos Ministérios.

Segundo a resolução do diretório nacional do partido, que se reuniu na quarta-feira (14), a legenda diz que as medidas econômicas “não deveriam ser de tal ordem ortodoxas”.

O partido diz que suas bancadas na Câmara e no Senado têm apoiado as medidas de recuperação da economia e superação da crise, mas pondera que “o PSB deve preservar os limites que são dados por seus compromissos programáticos com os segmentos populares na qualidade de força política socialista”.

Na carta assinada pelo presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, a legenda reconhece a necessidade da reforma previdenciária, mas faz ponderações.

“O modo, contudo, como se processará tal adequação não pode se basear na supressão ou redução de direitos daqueles que menos podem e que, nessa condição, merecem receber um tratamento que afirme o princípio da equidade, na execução das políticas públicas”, diz o texto.

A resolução diz anda que “o governo deveria empreender mais esforços e iniciativas para a superação da crise federativa”.

Segundo o texto, o partido reafirma “sua recusa em apoiar ou aceitar medidas que venham a onerá-los com o constrangimento de direitos e a perda de conquistas sociais, cabendo ao partido fazer, o mais breve possível, discussões mais aprofundadas acerca do seu posicionamento em relação ao governo federal.

A reportagem apurou que executivas nacionais do partido começaram a estudar o desembarque de fato do governo Michel Temer. Alguns diretórios chegaram a manifestar essa intenção na reunião de quarta.

O desembarque, no entanto, precisa ser pautado em uma reunião da executiva nacional da legenda.

O governo pretende fazer uma minirreforma ministerial em fevereiro do ano que vem para segurar legendas insatisfeitas, como mostrou a Folha nesta quinta.

Nesse contexto, o PSB pode receber o Ministério do Meio Ambiente, atualmente com o PV, partido que já anunciou posição de independência no Congresso.

Hoje, o PSB tem à frente do Ministério de Minas e Energia o deputado Fernando Filho (PE).

Mais espaço

O DEM quer buscar mais espaço na reforma que Temer pretende fazer no próximo ano. Lideranças da legenda reclamam que o PSDB está “abocanhando tudo”.

Os tucanos ficarão com a Secretaria de Governo, ministério que será ocupado por Antonio Imbassahy (BA), que se despede da liderança do partido na Câmara.

O PSDB conquistou também o comando de Itaipu. O novo presidente, Luiz Fernando Vianna, é indicação do governador Beto Richa (PSDB-PR).

O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) tentou indicar o presidente da hidrelétrica, mas não conseguiu. No início desta semana, o parlamentar chegou a defender a realização de novas eleições, fazendo coro à oposição.

Folhapress

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