06 de dezembro de 2025
Eleições 2026 • atualizado em 06/12/2025 às 11:52

PSB considera apoio à candidatura de Daniel Vilela, mas aliança com o PL pode anular decisão

O presidente regional do PSB, ex-deputado Elias Vaz, afirmou que a conduta do PL vai contra o que o partido acredita e que a extrema direita deveria ser "isolada" no cenário
O PSB "dificilmente caminharia em um projeto em que o PL estivesse junto", disse Elias Vaz. Foto: reprodução
O PSB "dificilmente caminharia em um projeto em que o PL estivesse junto", disse Elias Vaz. Foto: reprodução

No início da corrida eleitoral para 2026, que começa a se consolidar, o PSB sinaliza que apoio à candidatura do vice-governador Daniel Vilela (MDB) ao Governo do Estado está sendo sim considerada e bem vista. No entanto, de acordo com o presidente regional do partido, ex-deputado Elias Vaz (PSB), o cenário pode mudar caso o MDB firme aliança com o PL.

Em entrevista ao editor-chefe do Diário de Goiás, Altair Tavares, Elias Vaz ponderou que é esperado que o PL lance candidatura própria, no entanto, o PSB “dificilmente caminharia em um projeto em que o PL estivesse junto”. Segundo ele, a conduta do PL não é compatível com a do PSB.

“O PL representa uma concepção de ultradireita, que é contra aquilo que nós achamos. Na verdade, nós temos que ter um alinhamento político, hoje, a nível nacional, contra a extrema direita. Nós precisamos isolar a extrema direita. Nós precisamos ter alianças, inclusive, com a centro direita, para a gente garantir o processo democrático no país”, destacou ao lembrar o episódio de 8 de janeiro.

“A gente sabe que a ultradireita tem uma certa força no Estado de Goiás, no Brasil, e precisamos estar atentos com isso. Por isso, a gente não pode cometer o erro de que as forças democráticas estejam divididas, fazendo com que a ultradireita possa se fortalecer”, acrescentou Elias Vaz.

O presidente do PSB ainda comentou sobre o início das articulações das chapas. “Todo o processo é muito difícil, mas eu tenho certeza, como na última eleição, nós conseguimos fazer um deputado estadual, dessa vez, agora, nós vamos conseguir fazer um ou dois deputados federais, dois ou três deputados estaduais, pelas conversas que nós estamos tendo com várias pessoas, pela chapa que nós estamos articulando para montar”, afirmou confiante.

Questionado sobre a regra de não coligação proporcional, norma do direito eleitoral brasileiro que proíbe os partidos políticos de se unirem em coligações para disputar cargos nas eleições proporcionais, como as de deputado estadual, distrital e federal, em vigor desde 2020, Elias concordou que a medida obriga o afunilamento partidário e se mostra positiva, no geral.

“O número de partidos que nós temos no Brasil é algo absurdo, então precisa realmente avançar, o processo da cláusula de barreira está avançando a cada ano. Acredito que em pouco tempo a gente vai ter uma realidade muito distinta no Brasil, que é ter entre cinco e oito partidos no máximo e não essa enxurrada de quantidade de partidos que nós temos que realmente confunde a cabeça do eleitor e que não tem sentido nenhum”, declarou.

Por fim, usou da regra para justificar a possibilidade de não se aliar ao MDB, caso o PL entre no jogo. “A gente vê muitas pessoas que pensam de forma parecida, mas com partidos diferentes, então é preciso realmente haver uma fusão, haver uma articulação, haver desprendimento por parte de várias posições políticas”, pontuou o presidente regional do PSB.


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