23 de dezembro de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 09:28

Proximidade de eleições faz Petrobras antecipar captações de recursos

A Petrobras ampliou para US$ 13 bilhões a previsão de captações de recursos no mercado para 2017, para evitar riscos de aumento de custos em ano eleitoral. A previsão anterior era de captar US$ 4 bilhões no ano.

Segundo o diretor financeiro da empresa, Ivan Monteiro, a busca por um maior volume de recursos é explicada pela proximidade de ano eleitoral, que pode impactar nos custos de empréstimos.

“Vamos anunciar em breve novas operações”, disse Monteiro a analistas em teleconferência para detalhar o balanço do segundo trimestre de 2017, que trouxe lucro de R$ 316 milhões.

Com os recursos que pretende captar, a empresa prevê pagar antecipadamente US$ 12 bilhões em dívidas de curto prazo, alongando, assim os vencimentos.

Ao final do segundo trimestre, a dívida líquida da estatal era de US$ 89 bilhões.

A projeção de captações em 2017 inclui operações já anunciadas, como a oferta de até US$ 5 bilhões em debêntures divulgada em julho.

Além disso, a Petrobras espera voltar a tomar dinheiro com o BNDES, já que a exposição do banco à empresa deixou de ser um empecilho após o pré-pagamento de dívidas recentes.

A previsão da empresa é gerar neste ano US$ 27 bilhões com suas atividades operacionais e investir US$ 17 bilhões. Ao fim de 2017, a perspectiva é ter US$ 20 bilhões em caixa.

Venda de ativos

O planejamento considera a entrada de US$ 8 bilhões com a venda de ativos. De acordo com a empresa, o número refere-se apenas a operações já assinadas.

Questionado se mantém a meta de vender US$ 21 bilhões até o final de 2018, Monteiro disse que sim. “Teremos uma atividade bem mais intensa no segundo semestre”, afirmou.

Segundo ele, as mudanças promovidas pelo governo no setor de petróleo, como a redução das exigências de conteúdo local, são “altamente benéficas” para o processo, ao aumentar a atratividade dos ativos de exploração e produção.

Neste ano, a companhia colocou à venda um conjunto de 30 campos de petróleo em águas rasas.

PDV

O diretor de Assuntos Corporativos da estatal, Hugo Repsol, informou que os dois planos de demissão voluntária criados a partir de 2014 devem resultar no desligamento de cerca de 16.300 empregados. Outros 2.700 que demonstraram interesse, desistiram de aderir.

“É uma redução expressiva na força de trabalho, em torno de 18%”, disse ele. A companhia trabalha agora em um programa de realocação dos empregados em suas instalações. (Folhapress)

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