23 de dezembro de 2024
Política • atualizado em 12/02/2020 às 23:39

Protógenes coloca sob suspeita indicação de delegado da PF por Perillo. E vai cobrar explicações

O deputado eleito por São Paulo Protógenes Queiroz (PC do B) questiona a nomeação de um delegado da Polícia Federal para o cargo de secretário de Segurança Pública do Estado de Goiás. Ao Diário de Goiás, o parlamentar afirmou no final da tarde desta quinta-feira, 1o, ser no mínimo duvidosa a escolha do governador Marconi Perillo (PSDB) e a consequente aceitação por parte de Joaquim Mesquita, novo responsável pela pasta.

“Foi uma conduta muito estranha a do delegado. Aceitar o convite de um governador, cujo nome foi arrolado como um dos beneficiários do esquema Cachoeira, é muito suspeito. Não podemos nos esquecer que a Operação Monte Carlo está sendo realizada pela PF. Essa reforma administrativa (do governo goiano) compromete toda a investigação e o Ministério da Justiça não deveria ter liberado esse funcionário. Todos devem explicações”, disse o deputado.

Observa Protógenes que “milhares de outros nomes” poderiam ocupar o cargo. “O delegado Joaquim Mesquita não é goiano, não conhece com propriedade a realidade do Estado e possui informações sigilosas em relação ao esquema liderado pelo contraventor Calos Cachoeira. Há suspeitas de que o governo de Goiás tenha vínculos com membros da organização criminosa. Qual o motivo dessa indicação tão específica?”

Para o deputado, a confirmação de que há “más intenções” nesta nomeação veio do próprio tucano. “O governador mal empossou o delegado e já se antecipou na Justiça representando um Mandado de Segurança para não ser convocado na Comissão. Se existiam suspeitas, agora há certezas de irregularidades que Perillo não quer explicar”, destaca.

Protógenes adiantou ao DG que apresentará, na próxima terça-feira, 6, requerimento na Câmara Federal para intimação do novo secretário estadual de segurança de Goiás e de um representante da PF e do Ministério da Justiça. O intuito é esclarecer o posicionamento dos órgãos em relação ao caso e auxiliar na garantia de idoneidade nas investigações da Operação Monte Carlo.

“Falo como deputado e delegado licenciado da Polícia Federal. Essa situação não pode continuar acumulando suspeitas e é preciso um mínimo de esforços para esclarecê-las”, concluiu.

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