O Ministério Público (MP) da Venezuela afirmou nesta terça-feira (30), que o país está sendo atacado e vandalizado por grupos insatisfeitos com o resultado eleitoral que deu vitória ao presidente Nicolás Maduro. Dados do MP mostram que os confrontos teriam causado a morte de um membro da Guarda Armada Nacional Bolivariana, no Estado Aragua, e ferido outros 48 membros das forças de segurança, resultando na prisão de 749 pessoas.
Enquanto a Organização Não Governamental (ONG) venezuelana Foro Penal calcula que seis manifestantes foram mortos desde a última segunda-feira (29). Entre os atos, foram derrubadas uma estátua do ex-presidente Hugo Chávez, no estado Carabobo, e uma do indígena Coromoto, no estado de Portuguesa, ícone religioso.
O chefe do Ministério Público da Venezuela, Tarek William Saab, qualificou parte desses atos como terrorismo. “Na Venezuela não há protestos. Há focos de pessoas delitivas, armadas, para agredir e criar um caos para que escale [a violência] à nível nacional para que haja uma intervenção estrangeira”, afirmou.
O chefe do MP venezuelano, Tarek Saab, fez uma declaração à imprensa e mostrou dez vídeos, entre eles, um com encapuzados incendiando um prédio e criticando a eleição, outro com pessoas agredindo um membro de forças de segurança e outro com um grupo espancamento a um suposto apoiador de Maduro.
#AHORA
— Tarek William Saab (@TarekWiliamSaab) July 30, 2024
#APREHENDIDOS
para ser #imputados por el @MinpublicoVEN #Anzoátegui los sujetos Marios José Maita Vidal, Laider José Rondón Maita, Jesús Rafael Salazar, Simón Jesús Otunes Maestre, Simón Daniel Santa Rosa, Deiber Antonio Flores Carrion, Luis Miguel Ramos Jon, Edgardo… pic.twitter.com/G6lhpxvRsV
O fiscal-geral do MP venezuelano disse que há muitos adolescentes nos atos e associou esses incidentes dos últimos dias aos protestos de 2014 e 2017, conhecidos como guarimbas, que foram atos convocados pela oposição e resultaram em dezenas de mortes, entre manifestantes, simpatizantes chavistas, membros das forças de segurança e transeuntes não diretamente envolvidos nos atos.