Enquanto líderes das principais economias do mundo se deslocavam à filarmônica de Hamburgo para ouvir a 9ª Sinfonia de Beethoven, manifestantes escalaram a tensão nesta sexta-feira (7), em protestos contrários à cúpula do G20.
A polícia orientou o presidente do Brasil, Michel Temer, a desistir de voltar ao hotel por razões de segurança. Ele foi diretamente à apresentação musical, depois das reuniões do dia.
O metrô está fechado e todos os acessos foram bloqueados, impedindo inclusive a saída dos participantes do evento. A reportagem foi obrigada a permanecer na área entre manifestantes e as forças de segurança.
Já houve protestos nos dias anteriores, com dezenas de detidos e feridos.
O governo alemão prevê 100 mil manifestantes até o fim do evento, neste sábado (8). Há 20 mil policiais deslocados para a proteção da cúpula, e o governo alemão pediu reforços. Uma policial ouvida pela reportagem disse que sua prioridade era proteger os líderes de governo, e não o restante das pessoas -por isso era impossível deixar a área.
Mais cedo, o grupo das primeiras-damas teve que mudar seus planos, para evitar os protestos.
Há diversos grupos de manifestantes, incluindo grupos radicais, desafiando as forças de segurança em barreiras policiais. Caminhões com tanque de água impedem a passagem.
O precedente que preocupa as autoridades é a cúpula do G8 de 2001 em Gênova, onde 200 mil pessoas entraram em conflito com a polícia. Um manifestante italiano de 23 anos foi morto.
O governo alemão chegou a ser criticado nos últimos dias por organizar o G20 em Hamburgo, a segunda maior cidade alemã. As cúpulas em geral são realizadas em regiões mais afastadas do centro e, assim, mais manejáveis. (Folhapress)
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