O protesto contra o aumento dos combustíveis em Goiás, continua bloqueando a entrada em distribuidoras de Goiânia e Senador Canedo, que são responsáveis pelo abastecimento de todo o Estado. O ato começou na manhã de segunda-feira (13) e de acordo com os organizadores, não há previsão para terminar.
Um dos organizadores do movimento, Fabrício Nélio Feitosa, presidente da Cooperativa de Motoristas Particulares do Estado de Goiás (Coompago) afirmou que os trabalhadores ainda não foram ouvidos pelas autoridades, e que continuarão no local até que isso aconteça.
Paulo José Martins, presidente do Sindanque, que é o Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustível e Derivado de Petróleo do Estado contou que sua categoria está dando total apoio as outras categorias que fazem parte do movimento, como rodoviários, motoristas de táxis, vans escolares, entre outros.
Em alguns postos de Goiânia, o litro da gasolina comum está custando R$ 4,49 e o do etanol a R$ 3,29. Enquanto nos municípios de Niquelândia e Uruaçu, o preço chegou a bater R$ 5,00, no último final de semana. De acordo com o advogado Sindiposto, os reajustes que tornaram a gasolina em Goiânia uma das mais caras do Brasil são realizados pela Petrobras. “Essa conta não é nossa, diga não aos aumentos da Petrobras”, diz a frase estampada no posto.
Internautas afirmaram ao Diário de Goiás que já falta combustível na cidade de Silvânia. Em Itaberaí, os moradores estão fazendo filas nos postos de combustível, com medo de acabar.
Alinhamento de preços
Em entrevista ao Diário de Goiás, o representante do Sindiposto afirmou que existe um alinhamento de preços sim, no entanto isso para eles, é diferente de cartel. “Não tenha dúvida, existe alinhamento de preço. Alinhamento é uma coisa e cartel é outra. Para existir cartel é preciso combinação prévia, dolosa, com fim de manipular o mercado. Então, para dar uma satisfação política aos consumidores, as autoridades pegam o alinhamento, falam que é cartel e executam a autuação”, afirmou ele.
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