12 de agosto de 2024
Cidades • atualizado em 13/02/2020 às 00:27

Promotor recomenda suspensão de lei que aumenta salário de políticos em Niquelândia

Foi expedida pelo promotor de Niquelândia, Ramiro Carpenedo Martins Netto uma recomendação aos vereadores para que adotem medidas administrativas ou legislativas para suspender ou revogar a lei que aumentou os subsídios do prefeito, do vice-prefeito, dos secretários municipais e dos vereadores. O aumento dos subsídios variam entre 25% e 26,4%.

O promotor ressalta no documento que, em 20 de junho deste ano, por meio do Decreto Municipal nº 229, o município de Niquelândia decretou estado de calamidade pública no âmbito da administração financeira. Em razão disso, a prestação de serviços públicos foi prejudicada, sobretudo nas áreas da saúde, segurança e educação. Os atendimentos no Hospital Municipal, por exemplo, foram suspensos e os professores, por sua vez, estão com os salários atrasados.

Na contramão desse cenário, apenas 71 dias após o decreto, foi sancionada pelo prefeito a lei municipal que fixou o salário do prefeito em R$ 25.322,25, do vice-prefeito em R$ 12 mil, dos secretários municipais em R$ 7.500,00 e dos vereadores em R$ 7.596,67. Tal aumento, de acordo com Ramiro Netto, gera um impacto direto de R$1.861.294,08 na próxima gestão.

Além disso, segundo o promotor, tal lei viola a moralidade administrativa e a responsabilidade na gestão fiscal, já que privilegia interesses patrimoniais dos gestores em detrimento do interesse público, que teve serviços básicos afetados pela crise. Dessa forma, foi solicitado aos vereadores de Niquelândia que tomem medidas para suspender a lei, divulguem a recomendação no site da Câmara Municipal e que enviem resposta ao Ministério Público em prazo de cinco dias.  

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