13 de agosto de 2024
Cidades

Promotor diz que “serial killer” matava por prazer

Foi apresentada, em entrevista coletiva, a primeira denúncia contra o suposto “serial killer”, o vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha, de 26 anos, acusado de matar 39 pessoas. Segundo o promotor de Justiça João Teles de Moura Neto, da 83ª Promotoria de Justiça de Goiânia, o suspeito matava as vítimas por prazer.

“A dificuldade que o Ministério Público teve foi em determinar a motivação do crime. Quando é interrogado, ele [Tiago Henrique] diz que não tinha motivo para matar as moças. Às vezes tinha vontade de matar e ao mesmo tempo não tinha. Diz ainda que escolhia de forma aleatória essas mulheres. Chegamos a conclusão de que se trata de um homicídio pelo motivo torpe, ou seja, ele tinha um prazer mórbido de ver o sofrimento dessas vítimas. É o único motivo que o impulsionou. É um prazer desprezível e imoral. Não temos dúvidas de que ele usou de recursos que impossibilitou a defesa das vítimas”, afirma.

De acordo com o promotor, este é o primeiro inquérito policial concluído pela Polícia Civil, referente à morte de Rosirene Gualberto da Silva. “Analisando o fato, entendemos que se trata de um caso de denúncia. Ao receber a denúncia, o poder Judiciário vai fazer a acusação por escrito e, posteriormente, o juiz marcará uma audiência”, explica.

Em seguida, serão ouvidas as testemunhas de acusação e de defesa e feito o interrogatório do réu. O promotor diz que após a audiência, a denúncia será oferecida pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) e concluída as alegações finais. “O processo vai para a defesa e ela apresentará suas alegações. O processo volta ao poder Judiciário para proferir uma decisão, chamada de intermediária, que admite a acusação e encaminha o processo para ser julgado pelo Tribunal do Júri“.

PROVAS

Segundo João Teles de Moura, há provas suficientes para embasar a acusação de Tiago Henrique. “O inquérito a respeito deste caso específico tem provas policiais, testemunhais e de confissão do réu”, afirma.

A irmã de Rosirene, também tratada como vítima no inquérito policial, estava junto com a vítima no momento do crime. O promotor diz que a irmã é ajudou a fazer o retrato falado de Tiago Henrique.

VÍTIMA

Consta no inquérito policial que Rosirene trabalhava em um supermercado e foi morta na Avenida Anhanguera. Além disso, como afirma o promotor de Justiça, antes de a Polícia Civil saber que se tratava de um “assassino em série”, dois ex-maridos da vítima foram tratados como suspeitos.

“Ela teve um problema com um ex-marido, depois teve com o outro. Um dos ex-maridos foi ouvido pela Delegacia da Mulher por ter possivelmente a agredido dias antes do fato e isso levou a polícia também a esse caminho de investigação. Depois a polícia descartou a possibilidade de eles terem participado do homicídio, depois de ouvir testemunhas e família”, concluiu.


Veja a entrevista:

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