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O reinício dos trabalhos no legislativo goianiense coloca em discussão na Câmara Municipal de Goiânia o projeto que altera o Instituto de Previdência dos Servidores Municipais (IPSM).
O tema é polêmico e já foi debatido este ano, a prefeitura foi derrotada ainda na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) da Câmara. Foi uma das grandes derrotas para a base aliada da prefeitura que contava com a aprovação.
Mas o novo projeto que foi enviado parece ser melhor recebido na Câmara. Os vereadores que foram muito pressionados durante a votação do primeiro projeto por várias categorias profissionais agora sentem um pouco menos de pressão porque reconhecem que existe uma abertura da prefeitura em fazer uma negociação com o funcionalismo.
O líder do prefeito na Câmara, vereador Tiãozinho Porto (PROS), destaca que as negociações estão acontecendo e que junto com a base ocorreu o consenso de que era necessário apresentar esse novo projeto e que o clima hoje para discussão é muito melhor.
“O que eu estou sentindo, desde a semana passada estamos voltando as articulações, acredito que desta vez será uma aceitação melhor. Houve uma aceitação melhor, houve uma questão das datas bases que o prefeito já começou a pagar, das progressões horizontais”, enfatizou
Tiãozinho tem explicado aos líderes sindicais que caso o projeto não seja aprovado pode existir problema financeiro na cidade de Goiânia e para ilustrar esse problema ele cita o caos que veio sobre o estado do Rio de Janeiro que não consegue pagar o funcionalismo e os aposentados.
CCJ
A presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Sabrina Garcez (PTB) destaca que hoje existe uma boa vontade maior por parte de prefeitura para debater o assunto com os servidores e isso pode levar a situação a uma nova análise por parte dos vereadores.
O projeto está em diligencia por parte da procuradoria, mas pode ser aprovado na CCJ e aí segue para debate no plenário da Câmara de vereadores “Na CCJ eu percebo uma vontade dos trabalhadores de dar prosseguimento ao projeto, precisa de algumas negociações, o passo vai ter que abrir mão de algumas coisas, assim como os trabalhadores também vão ter que enfrentar algumas demandas, mas acredita que hoje existe vontade das duas partes de dar seguimento ao projeto”, explicou.
Oposição
O vereador Elias Vaz (PSB) disse que tem falado com servidores da prefeitura que são radicalmente contra o projeto mas ele reconhecem que existe hoje um novo momento por parte da prefeitura que quer negociar e discutir com os servidores.
Elias Vaz afirma que o discurso de terra arrasada não pode ser usado para onerar os servidores ainda mais “É o reconhecimento de que se está querendo jogar todo o ônus da crise financeira em cima do direto do trabalhador, então não pode gastar com a previdência o tanto que ta gastando, então quer dizer que não vai gastar e vai reduzir o dinheiro da aposentadoria, isso me assusta”, enfatiza Elias.
O pessebista disse que é preciso combater a corrução e o mal uso da verba publica e não culpar o servidor.
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