Um projeto de lei de autoria do senador Vanderlan Cardoso permite que empresas públicas e privadas adquiram vacinas contra a covid-19, desde que metade dos imunizantes comprados sejam doados ao Plano Nacional de Imunizações (PNI).
Pelo texto, pessoas jurídicas poderiam negociar doses após a vacinação dos grupos prioritários. À Rádio Bandeirantes Goiânia, o senador afirmou que, dese o lançamento do PNI, defendia a flexibilização para a compra de vacinas por empresas.
“Sendo aprovado, vai tirar a carga, que hoje está muito em cima do SUS, dessa vacinação lenta”, destacou.
Vanderlan revelou que se reuniu com representantes da Unimed e foi informado que os empresários Luciano Hang, da Havan, e Carlos Wizard estariam prontos para anunciar a compra de 10 milhões de doses.
“Só que eles precisam do meu projeto aprovado. Querem vacinar os funcionários e fazer a doação de metade (das doses)”, explicou.
Sem risco de supervalorização
Críticos do projeto apontam que a compra de vacinas por empresas porde inflacionar o mercado de vacinas e encarecer a negociação para o poder público. Vanderlan diz que o argumento é infundado.
“Alguns não entenderam e acham que vai aumentar o preço da vacina para o setor público. Não tem nada a ver. Todos esses laboratórios que estão produzindo tiveram investidores e eles querem colocar as vacinas à venda”, ressaltou. “Não adianta ficar achando que 70 milhões de vacinas adquiridas pela iniciativa privada vai atrapalhar ou encarecer vacina”, completou.
Ele destacou que as prefeituras poderiam se beneficiar. “Imagine a quantidade de indústrias e empresas que têm os municípios, podem entrar na parceria, vacinar seus funcionários e doar para a prefeitura. O poder público não vai precisar quase de recurso nenhum”, disse.
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