23 de dezembro de 2024
Destaque 2

Projeto da cerveja de mandioca deve contemplar mais de mil produtores goianos em 2021

Foto: Divulgação/Seapa
Foto: Divulgação/Seapa

O Governo de Goiás anunciou, nesta quarta-feira (27/01), a expansão do projeto Cerveja de Mandioca, realizado em parceria com a Ambev. A expectativa é alcançar, em 2021, todos os municípios goianos e impactar positivamente mais de mil produtores, com cerca de 7 mil toneladas de mandioca produzidas e comercializadas à cervejaria.

O projeto, que teve início em 2020 na região Nordeste do Estado, busca dar a oportunidade de comercialização da raiz produzida por agricultores familiares.

Também nesta quarta-feira foi anunciada, durante transmissão on-line no canal da Seapa no YouTube, a disponibilização de R$ 855 mil para o desenvolvimento de pesquisas de melhoramento genético da mandioca e desenvolvimento de novas variedades. Os recursos foram captados da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e Secretaria da Retomada para investimentos na Unidade Experimental da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), localizada em Porangatu, na região Norte do Estado.

Parceria

O secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Carlos de Souza Lima Neto, destacou a parceria desenvolvida pelo Governo de Goiás com a Ambev, que já traz resultados benéficos a agricultores familiares do Estado. “É um projeto que se iniciou nos municípios mais vulneráveis, pela determinação do nosso governador Ronaldo Caiado, e que trouxe oportunidades para o desenvolvimento dessas regiões, fortalecendo a agricultura familiar ao agregar a comercialização da mandioca a um produtor nobre, em uma relação robusta construída entre o Governo de Goiás e a Ambev”, avaliou.

O titular da Seapa acrescentou que o projeto, agora, se expande aos 246 municípios goianos, “que terão a oportunidade de trabalhar o desenvolvimento da agricultura familiar, dentro do fomento a essa cadeia da mandioca que é tão importante para o nosso Estado”.

Ele enfatizou, ainda, o esforço conjunto do Governo de Goiás, por meio das pastas da Seapa, Retomada, Emater e Gabinete de Políticas Sociais (GPS) para a realização do projeto e o trabalho da Seapa na captação de recursos da Sudeco para o investimento em pesquisa científica agropecuária. “A Emater trabalha na pesquisa com a mandioca, em Porangatu, e poderá, com esse recurso, desenvolver mais estudos com foco no aumento da produtividade e da oferta desse produto, para que o projeto possa expandir”, pontuou.

O presidente da Emater, Pedro Leonardo de Paula Rezende, ressaltou o papel da agência como agente local facilitador, de maneira a assistir os produtores desde o contato até o apoio ao cultivo e comercialização. “A produção da mandioca aparece como uma das principais cadeias produtivas da agricultura familiar no nosso Estado, ao lado da produção leiteira. E esse projeto tem uma importância muito grande em dar oportunidade de comercialização e venda em escala a esses produtores”, pontuou.

De acordo com Pedro, como agente local facilitador, a Emater está presente em praticamente todos os municípios goianos, à disposição das prefeituras e dos produtores para auxiliar na orientação do cadastramento, no cultivo e acompanhamento técnico em todas as fases do processo produtivo. “Além disso, desde o ano passado, lançamos o programa de melhoramento genético da mandioca para desenvolver variedades mais resistentes e adaptadas ao nosso clima e solo, que logo estarão disponíveis aos produtores”.

A gerente de Mobilização para Emprego e Renda, Raissa Rodrigues, que representou a Secretaria da Retomada, deu ênfase ao propósito da pasta de criar conexões entre os entes do setor produtivo de modo a gerar novas oportunidades. “Estamos à disposição para levar adiante esse trabalho conjunto e dar continuidade ao projeto que vem dando frutos tão bons”, disse.

Já o superintendente de Produção Rural Sustentável da Seapa, Donalvam Maia, destacou que a retomada da economia passa pela valorização da agricultura familiar e esse projeto da cerveja é uma das iniciativas em que o Governo de Goiás atua junto a esses produtores. “Estamos à disposição das prefeituras para desenvolver mais projetos e fortalecer ainda mais essa e outras cadeias”.

O presidente da Federação Goiana dos Municípios (FGM), José de Sousa Cunha, avaliou que essa aproximação do Governo de Goiás com os municípios, com os olhos voltados à agricultura familiar, é muito positiva. “Quero parabenizar o governador Ronaldo Caiado pela iniciativa que promove o desenvolvimento das nossas cidades, com geração de emprego e renda nas comunidades. A FGM vai estar ainda mais próxima da Seapa para fazer essa ponte com os municípios”, declarou.

Aquisição

O diretor de Relações Corporativas da Ambev, Tiago Pereira, e o engenheiro agrônomo coordenador do projeto na cervejaria, Fábio Ferreira, apresentaram um balanço da produção da cerveja Esmera de Goiás, criada dentro do projeto cerveja de mandioca, sobretudo do ponto de vista do impacto social feito por meio da parceria com a gestão estadual. O projeto percorreu em 2020, desde o mês de agosto, quando foi criado, mais de 22 mil quilômetros, com o uso de 15 caminhões refrigerados e a comercialização de mais de 280 toneladas de mandioca. Segundo a Ambev, foram mais de 352 pessoas envolvidas em 11 municípios, nesta primeira etapa.

Eles explicaram, ainda, as condições para a comercialização que incluem: compra exclusiva de pequenos agricultores familiares que possuem a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) e Inscrição Estadual ou de cooperativas e associações; a proibição de trabalho escravo ou condições de trabalho desumanas e trabalho infantil; 60% da renda familiar deve vir da produção agrícola; não ter relação ou beneficiar indevidamente entidade ou funcionário público; preencher requisitos descritos no site da Seapa; e os produtores precisam ter conta corrente.


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