De investigado, o projetista da barragem de Fundão, o engenheiro Joaquim Pimenta de Ávila, passou a ser a testemunha-chave do processo contra a Samarco.
Ávila foi o principal fornecedor de informações sobre as operações da barragem para as autoridades durante as investigações. Ele não foi indiciado ou denunciado.
O entendimento é que Ávila não participou ativamente da operação e que suas recomendações não foram seguidas pela mineradora.
Agora, a Procuradoria pede que ele seja ouvido antes das outras pessoas do processo. Alega que ele está com 70 anos e tem sobrepeso e problemas de saúde. O engenheiro, no entanto, tem vida profissional ativa.
Nos autos, o advogado de três executivos da Samarco acusados de homicídio sugere que ele deveria ter sido incluído no processo. Procurado, Ávila diz por e-mail que “conforme orientação médica não é aconselhável que trate do assunto Samarco que foi causa de grande stress” e que desenvolve as atividades “seletivamente e com assistência médica constante”.
A Procuradoria diz que “a lei possibilita que se produza prova antecipada com testemunha idosa, por mais que seja ativa”. (Folhapress)
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