12 de setembro de 2024
Economia • atualizado em 23/01/2024 às 11:24

Programa Nova Indústria Brasil pretende impulsionar política industrial até 2033

A Nova Indústria Brasileira (NIB) prevê investimentos de R$ 300 bilhões até 2026 para promover uma reindustrialização
Em pronunciamento, o presidente Lula reforçou a importância do Brasil voltar a ter uma política industrial inovadora. (Foto: Ricardo Stuckert/Planalto).
Em pronunciamento, o presidente Lula reforçou a importância do Brasil voltar a ter uma política industrial inovadora. (Foto: Ricardo Stuckert/Planalto).

Nesta última segunda-feira (22), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu o plano para uma nova política industrial para o Brasil. Elaborada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), a Nova Indústria Brasileira (NIB) prevê investimentos de R$ 300 bilhões até 2026 para promover uma reindustrialização focada na sustentabilidade, inovação e na geração de empregos.

“É muito importante para o Brasil que a gente volte a ter uma política industrial inovadora, uma política industrial totalmente digitalizada como o mundo exige hoje, e que a gente possa superar, de uma vez por todas, esse problema de o Brasil nunca ser um país definitivamente grande e desenvolvido. Nós estamos sempre na beira, mas nunca chegamos lá”, disse o presidente Lula em seu discurso.

Para o vice-presidente Geraldo Alckmin, que também preside o conselho de Desenvolvimento Industrial, a nova política para o setor deve, necessariamente, focar na pesquisa e tecnologia para tornar o país cada vez mais competitivo. “Esta política representa uma visão de futuro. Uma declaração de confiança em nossa capacidade de competir e liderar áreas estratégicas diante do mundo”, afirmou Alckmin.

No total, a nova política para a indústria tem seis missões relacionadas à ampliação da autonomia, à transição ecológica e à modernização do parque industrial brasileiro. Entre os setores que receberão atenção, estão a agroindústria, a saúde, a infraestrutura urbana, a tecnologia da informação, a bioeconomia e a defesa. A fonte dos recursos é o BNDES, Finep e Embrapii.

Para isso, estão previstas articulações de diversos instrumentos de Estado, como linhas de crédito especiais, recursos não-reembolsáveis, ações regulatórias e de propriedade intelectual, além de uma política de obras e compras públicas, com incentivos ao conteúdo local, para estimular o setor produtivo em favor do desenvolvimento do país.

Confira as principais missões paro período de 2024 a 2033:

Cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais

  • Aumentar para 50% participação da agroindústria no PIB agropecuário;
  • Alcançar 70% de mecanização na agricultura familiar;
  • Fornecer pelo menos 95% de máquinas e equipamentos nacionais para agricultura familiar.

Forte complexo econômico e industrial da saúde

  • Atingir 70% das necessidades nacionais na produção de medicamentos, vacinas, equipamentos e dispositivos médicos, materiais e outros insumos e tecnologias em saúde.

Infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade sustentáveis

  • Diminuir em 20% o tempo de deslocamento de casa para trabalho;
  • Aumentar em 25 pontos percentuais adensamento produtivo (diminuição da dependência de produtos importados) na cadeia de transporte público sustentável.

Transformação digital da indústria

  • Digitalizar 90% das indústrias brasileiras;
  • Triplicar participação da produção nacional no segmento de novas tecnologias.

Bioeconomia, descarbonização, e transição e segurança energéticas

  • Cortar em 30% emissão de gás carbônico por valor adicionado do Produto Interno Bruto (PIB) da indústria;
  • Elevar em 50% participação dos biocombustíveis na matriz energética de transportes;
  • Aumentar uso tecnológico e sustentável da biodiversidade pela indústria em 1% ao ano.

Tecnologias de interesse para a soberania e a defesa nacionais

  • Autonomia de 50% da produção de tecnologias críticas para a defesa.

Com informações da Agência Brasil


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