13 de novembro de 2024
Abril Azul • atualizado em 10/04/2024 às 16:54

Profissionais do Hecad orientam na identificação de sinais de alerta para autismo em crianças

A iniciativa faz parte da campanha do mês de conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA)
Neuropediatra do Hecad em atendimento na unidade de saúde. Foto: Hecad
Neuropediatra do Hecad em atendimento na unidade de saúde. Foto: Hecad

Em celebração ao Abril Azul, mês de conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), especialistas do Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) orientam pais e responsáveis a identificar sinais de autismo em crianças. A iniciativa tem o objetivo de incentivar o diagnóstico precoce do transtorno.

De acordo com os especialistas, estar atento ao comportamento dos filhos desde os primeiros meses de vida é fundamental para identificar sinais do TEA em crianças. Como principais pontos a serem observados, a neuropediatra Jeania Souza destaca o comportamento dos bebês, ainda nos primeiros meses de vida. “Nos primeiros meses de vida os bebês devem sorrir em resposta ao sorriso do cuidador, procurar a face da mãe no momento da amamentação, trocar olhares durante a troca de fraldas e mais tarde, por volta dos nove meses, fazer movimentos com o corpo para pedir colo, gestos como mandar tchau e balbuciar”, ressalta a especialista.

Já após o primeiro ano de vida, a psicóloga Michelly Alves acrescenta que os sinais de atenção para identificação do autismo podem ser diferentes. “As manifestações mais comuns são comportamentos repetitivos e interesses restritos, como brincar com pecinhas de objetos, balançar o tronco, girar em torno do próprio eixo, não atender quando é chamado, não se interessar em brincar com outras crianças”, conta a psicóloga. “Os pacientes com TEA também podem apresentar reações exageradas diante de estímulos sensoriais, como luz, sons, cheiros e texturas”, alerta.

A neuropediatra Jeania Souza explica que é essencial que o diagnóstico seja realizado de forma precoce, para que a criança tenha acesso rápido ao tratamento. “Mais importante que o diagnóstico é que a gente não atrase o tratamento desse paciente. As crianças possuem janelas de oportunidade para o desenvolvimento e quanto antes a gente intervir, mais a gente pode modificar o caminho”, reforçou a médica.

De acordo com a Sociedade Americana de Psiquiatria, o Transtorno do Espectro Autista afeta uma a cada 36 crianças. O termo Transtorno do Espectro Autista (TEA) passou a ser utilizado a partir de 2013 e abarca uma fusão do que antes era denominado Autismo, Transtorno Global do Desenvolvimento e Transtorno de Asperger. Não é considerado uma doença, mas uma condição que é parte da diversidade humana.


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