Durante assembleia geral realizada nesta sexta-feira (10), professores e servidores administrativos da Prefeitura de Goiânia decidiram por paralisar as atividades no dia 15 de março. A assembleia foi realizada na Câmara Municipal de Goiânia.
Entre as reivindicações dos servidores municipais está a aplicação do reajuste de 7,64% aos professores, atendendo à indicação do Ministério da Educação (MEC), pagamento da data-base dos administrativos e início do pagamento de auxílio-transporte aos administrativos.
Ao Diário de Goiás, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Bia de Lima, informou que no dia 15 os servidores municipais se reunirão, ao lado de servidores estaduais e outras entidades, para protestar sobre as demandas de cada categoria e contra a Reforma da Previdência, que está em discussão na Câmara dos Deputados.
“Faremos um ato em frente à Assembleia Legislativa no dia 15, às 9h. De lá, vamos caminhar até a Praça dos Bandeirantes, com uma mobilização sobre as demandas dos servidores e explicando os pontos negativos da Reforma da Previdência”, informou Bia.
Piso dos professores
Há anos os professores conquistaram um acréscimo de 7,3% ao salário junto ao município sem incluir os reajustes anuais indicados pelo MEC. Neste ano, segundo Bia de Lima, o prefeito Iris Rezende determinou o não reajuste integral apontado pelo MEC, mas apenas a diferença entre 7,3% e 7,64%.
“A Prefeitura diz que já paga o piso. Mas os 7,3% nós conquistamos há muitos anos e a muito custo. Isso é um absurdo, dar 0,32% de reajuste e não atender o percentual do MEC, nem a data-base dos administrativos”, disse.
Reunião
Além disso, representantes do Sintego se reunirão com o secretário Municipal de Finanças, Oseias Pacheco, em 16 de março para tentar chegar a um acordo. “Caso não tenha correção do pagamento do reajuste e data-base, nós faremos outro ato na semana seguinte, com a possibilidade de votar pela greve”, ressaltou a presidente do Sindicato.
Greve
Os servidores da Educação de Goiás estarão em greve a partir do dia 15 de março, sem previsão para encerrar, de acordo com a Bia de Lima. Os servidores estaduais reivindicam a não aprovação do que chama de “Pacote da Maldade do Estado”, que visa o congelamento dos salários por dez anos, a retirada de quinquênios, progressões, gratificações e licenças-prêmio.
“No Estado entraremos em greve dia 15 contra a emenda 35/48 que está na Assembleia desde o final do ano passado. Nós estamos pedindo uma audiência com o presidente da Assembleia [José Vitti] para a semana que vem. O projeto poderá ser votado ao final de dez sessões ordinárias e a votação já começa em março”, concluiu a presidente.
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