19 de dezembro de 2024
Cidades • atualizado em 13/02/2020 às 00:46

Professora de Guapó morreu enforcada, diz Polícia Civil

Foto: Reprodução
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A Polícia Civil apresentou nesta sexta-feira (3) a conclusão do inquérito sobre o desaparecimento e homicídio de Maria da Conceição Campos, de 42 anos. De acordo com o responsável pelo caso, delegado Arthur Fleury, o suspeito Cleudimar Rodrigues da Silva, 39 anos, confessou ter enforcado a professora.

“Ele confessou, finalmente, que a executou em um motel. Ele a esganou, que a gente fala popularmente enforcar. Ele a colocou no carro, onde tinha mancha de sangue. Ela bateu a cabeça devido a luta pela sobrevivência. De lá ele foi para uma estrada e deu mais dois golpes de pau na cabeça dela para conferir se estava realmente morta, e a deixou lá”, explicou o delegado.

Segundo Arthur Fleury, a Polícia não acredita que eles brigaram no motel, local que foram depois de passar em um restaurante, mas que o crime tenha sido premeditado. “No motel ele alega que teve uma briga, o que não acreditamos. Acreditamos que no motel ele realmente resolveu executá-la e com isso ele usou as próprias mãos para esganá-la e de lá a levou à estrada”.

Motivação

Como já estava dentro da percepção dos agentes da Polícia Civil, a motivação do crime gira em torno de dinheiro. O delegado informou em entrevista coletiva que Cleudimar já estava com uma procuração no nome de Maria da Conceição para vender o carro que usava, mas que estava no nome da professora.

“O motivo foi patrimonial. Ele já estava com a procuração em mãos, tentando vender o veículo falando que era de uma tia falecida, o que corrobora nossa linha de investigação com a premeditação. […] Ele já estava em uma situação precária, ele não tinha mais de onde tirar dinheiro, ela já estava o pressionando, ele estava casando, precisava levantar esse dinheiro e com essa pressão da professora e da família, resolveu executá-la”, disse.

Ainda segundo a PC-GO, o suspeito conseguiu se beneficiar de R$ 30 mil de Maria da Conceição, o veículo, que é um Corolla, que já foi devolvido pelos policiais à família da vítima, e quatro folhas de cheque de R$ 5,6 mil. No entanto, ao tentar retirar o valor, o banco não aceitou os cheques.

Além disso, Arthur Fleury informou que Cleudimar estava se preparando para casar. A mulher não está na lista de investigados da Polícia Civil. “Ela realmente poderia ser uma próxima vítima dele”, ressaltou o delegado.

Em relação a este caso, Cleudimar será denunciado por homicídio qualificado por motivo torpe e ocultação de cadáver. Ele continua preso preventivamente, sem data de sair da prisão, e à disposição do poder Judiciário.

Outros crimes

De acordo com a PC-GO, Cleudimar também aplicou golpes em outras pessoas. Suspeito de estelionato, Cleudimar poderá responder por outros processos. “Vão ser colhidas todas as oitivas, boletins de ocorrência para uma nova investigação em relação ao crime de estelionato. Em relação às outras pessoas que foram enganadas por ele e tiveram prejuízo, sim, haverá uma investigação e um novo inquérito para apurar”, explicou o delegado.

O caso

Maria da Conceição desapareceu no dia 19 de janeiro de 2017. No último dia 25, Cleudimar Rodrigues da Silva, de 39 anos, foi preso suspeito de assassinar a professora. No dia 28 de janeiro, o suspeito teria confessado à Polícia Civil onde estaria o corpo de Maria.

O foi encontrado pela PC-GO às margens da GO-222, próximo à cidade de Goialândia. Em vídeo divulgado pelos policiais civis, é possível ver o suspeito indicado o local onde estaria o corpo. Segundo a PC-GO, Cleudimar reconheceu o “erro” e confessou ter matado Maria da Conceição.

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