Uma professora da rede estadual de Educação de Goiás foi demitida após ter fotos íntimas vazadas por estudantes. O caso aconteceu na Escola Estadual Doutor Gerson de Faria Pereira, em Alto Paraíso, e está sendo investigado pela Polícia Civil de Goiás (PCGO).
Ao Estadão, a professora relatou que o fato aconteceu dentro da escola no ano passado, quando ao emprestar o celular particular para seus alunos realizarem atividades escolares, teve pastas acessadas sem o seu consentimento. Os estudantes em questão têm 12 anos.
Após o ocorrido, a docente registrou boletim de ocorrência na delegacia da cidade. O caso está sendo investigado pela PCGO como possível ato infracional, praticado pelos menores de idade, que já foram identificados pela polícia. A divulgação de material de nudez sem o consentimento da vítima é crime no Brasil.
De acordo com o artigo 218-C da lei 13.718/2018, que modificou o código penal, “oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda, distribuir, publicar ou divulgar, por qualquer meio – inclusive por meio de comunicação de massa ou sistema de informática ou telemática -, fotografia, vídeo ou outro registro audiovisual que contenha cena de estupro ou de estupro de vulnerável ou que faça apologia ou induza a sua prática, ou, sem o consentimento da vítima, cena de sexo, nudez ou pornografia”, e passível de pena de um a cinco anos de prisão.
O advogado da professora afirmou ao Estadão que ela não foi acolhida pela escola e ainda constrangida em ambiente escolar. Além disso, após alguns meses, ela foi demitida sem maiores esclarecimentos sobre a motivação.
Em nota ao Estadão, a Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc-GO) justificou a demissão alegando que ela era uma professora substituta, e que foi dispensada após a convocação dos professores efetivos aprovados no concurso. “A professora em questão havia sido contratada em regime emergencial para suprir uma demanda da unidade escolar. O desligamento da profissional se deu devido à convocação de novos professores aprovados no concurso público realizado em 2022″, disse a SES-GO.
O Diário de Goiás tentou contato com a SES-GO para maiores esclarecimentos sobre o caso, mas não obteve resposta até o fechamento da matéria.
Leia mais sobre: Notícias do Estado