O movimento de produtores rurais goianos que apoiaram a candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice Geraldo Alckmin, tentou emplacar o professor Edward Madureira (PT) no Ministério da Agricultura, antes do petista optar pelo nome do agropecuarista matogrossense, Carlos Fávaro na pasta.
Ao Diário de Goiás o coordenador do movimento, empresário e referência na área sucroenergética nacional, Jalles Fontoura disse que o diálogo ainda está se consolidando e acredita que o grupo terá representação não só na Agricultura como também na Ciência e Tecnologia e Meio Ambiente. ”O que é essencial e estratégico é que o Brasil está na direção certa, isso é fundamental”, afirma o empresário.
Na avaliação de Jalles, o governo Lula é um ”recomeço” para o agro, mas o empresário destaca os desafios que serão enfrentados neste ano, assim como será também desafiante para o Brasil continuar sendo um grande produtor mundial de alimentos.
”Vamos precisar ter uma competência muito grande, e aliado a isso o que é promissor até agora a questão do Meio Ambiente. O Brasil voltou a cena como um país que tem preocupação com o meio ambiente, e isso vai ajudar a abrir mercado, ajudar internamente harmonizar o agronegócio com a economia e nesse aspecto o governo Lula deu um passo muito interessante até aqui”, destaca.
Para o empresário até então não tem nada muito claro quanto aos desafios do agro. Segundo ele a agitação dos ataques do dia 8 de janeiro é um reflexo do passado e destaca que a democracia está consolidada.
”Esse movimento acabou sendo um tiro no pé das pessoas que fizeram porque consolidaram a democracia e agora é trabalhar. Os desafios do meio ambiente já tem começado, mas safra esse ano me parece que vai ser boa”, afirma.
O Movimento Agro pela Democracia nasceu às vésperas do segundo turno e buscou reunir produtores rurais insatisfeitos com a política conduzida pelo presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL).
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