Após despencar quase 11% em maio, a produção industrial brasileira cresceu 13,1% em junho ante o mês anterior, na maior alta da série histórica, iniciada em 2002, informou o IBGE nesta quinta-feira (2).
O crescimento, com ajuste sazonal, recupera em parte os reflexos da paralisação dos caminhoneiros no desempenho de maio, quando o setor teve sua pior queda desde 2008 -o instituto revisou levemente a taxa do mês passado, de 11% para 10,9%.
Na comparação com julho de 2017, o resultado segue positivo: uma alta de 3,5%. Em maio, a queda em relação ao ano passado havia sido de 6,6%, interrompendo uma série de 12 meses consecutivos de taxas positivas.
Após despencar quase 11% em maio, a produção industrial brasileira cresceu 13,1% em junho ante o mês anterior, na maior alta da série histórica, iniciada em 2002, informou o IBGE nesta quinta-feira (2).
O crescimento, com ajuste sazonal, recupera em parte os reflexos da paralisação dos caminhoneiros no desempenho de maio, quando o setor teve sua pior queda desde 2008 -o instituto revisou levemente a taxa do mês passado, de 11% para 10,9%.
Na comparação com julho de 2017, o resultado segue positivo: uma alta de 3,5%. Em maio, a queda em relação ao ano passado havia sido de 6,6%, interrompendo uma série de 12 meses consecutivos de taxas positivas.
Mesmo com a recuperação em junho, o resultado acumulado do ano é uma alta de 2,3%, bem abaixo da taxa de 4,5% registrada em abril, antes da paralisação.
O resultado ficou um pouco aquém do esperado por analistas ouvidos pela agência Reuters, que previam uma alta de 14,1% na variação mensal e de 4,55% na base anual.
“A conjuntura continua a mesma, mas houve produção maior para repor o descompasso da greve”, disse o economista André Macedo, gerente da pesquisa.
Os resultados, porém, não indicam uma nova tendência para o desempenho do setor de manufatura no Brasil, afirma.
“Não se pode deixar levar pelo resultado de junho e achar que entramos numa nova era. Os níveis de confiança ainda estão baixos, e demanda doméstica ainda tem fragilidades, visto que há um enorme contingente de pessoas fora do mercado de trabalho.”
Categorias
A alta registrada entre maio e junho foi percebida em 22 dos 26 ramos pesquisados pelo IBGE.
Os setores que mais contribuíram para o aumento foram a indústria automotiva (47,1%) e de produtos alimentícios (19,4%) -justamente os mais afetados pela paralisação. O destaque negativo foi o setor de equipamentos de transporte (-10,7%).
A indústria automotiva puxou a categoria de bens de consumo duráveis, que avançou 34,4% em junho ante maio, a expansão mais acentuada no mês.
Os setores produtores de bens de capital (25,6%), de bens de consumo semi e não-duráveis (15,7%) e de bens intermediários (7,4%) também apontaram taxas positivas. (Folhapress)
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