26 de novembro de 2024
Economia

Produção industrial recua 0,2% em julho

A produção industrial nacional caiu 0,2% no mês de julho deste ano, na comparação com o mês anterior, informou o IBGE nesta terça-feira (4).

Na variação de julho, dos 26 ramos pesquisados, 10 apresentaram queda, com destaque para os veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,5%) e os produtos alimentícios (-1,7%). Outras contribuições negativas vieram de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, com recuo de 7,2%.

Apesar da queda na relação com junho de 2018, o mês teve crescimento de 4% se comparado com julho do ano passado. No acumulado do ano, a produção da indústria nacional atinge alta de 2,5%. Nos últimos 12 meses, o crescimento acumulado sobe para 3,2%.

“Voltamos a um patamar e um ritmo mais adequado à produção industrial sem influência de um fator pontual para cima ou para baixo”, explicou o economista do IBGE André Macedo, referindo-se à paralisação dos caminhoneiros que afetou a produção nos meses anteriores.

“Estamos numa recuperação industrial devagar mas que não repõe o passado, seja por fatores internos ou externos. Temos ambiente com queda de exportações para a Argentina, desemprego elevado, nível de confiança baixo e outras coisas”, completou.

O único resultado positivo em julho entre as categorias econômicas e que evitou uma queda maior veio dos Bens Intermediários. Com peso de 55% a 60% na pesquisa, esse grupo cresceu 1% em julho sobre o mês anterior.

Por outro lado, os dados do IBGE apontaram que os Bens de Capital, uma medida de investimento, contraíram 6,2% no mês em relação a junho.

A fabricação de Bens de consumo semi e não duráveis e de Bens de consumo duráveis também teve contração em julho, respectivamente de 0,5% e 0,4%.

No segundo trimestre, a indústria registrou contração de 0,6%, num período abalado pela paralisação dos caminhoneiros no final de maio, contribuindo para que o PIP (Produto Interno Bruto) do país registrasse crescimento de apenas 0,2% sobre os três meses anteriores.

Na última pesquisa realizada pelo Banco Central com economistas, a expectativa para a expansão da indústria neste ano foi reduzida a 2,43%, de 2,61%, com a estimativa para o PIB em 1,44%. (Folhapress)


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