A Procuradoria Regional Eleitoral no Estado de São Paulo (PRE-SP) informou nesta sexta-feira (27) que pediu que o inquérito sobre suposto caixa dois de mais de R$ 10 milhões para as campanhas de Geraldo Alckmin (PSDB) seja remetido à primeira instância.
O tucano perdeu o foro especial ao deixar o governo paulista, em 6 de abril, para disputar a Presidência da República. Havia dúvida se o caso ficaria na segunda instância, uma vez que envolve o secretário estadual Marcos Monteiro, apontado como operador dos repasses ilícitos da Odebrecht em 2014.
Em 2010, os R$ 2 milhões supostamente doados sem declaração oficial teriam sido intermediados pelo cunhado do ex-governador Adhemar Cesar Ribeiro.
“Conforme precedentes do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a existência de secretário entre os investigados não atrai competência para segunda instância”, justificou o MPF em nota.
A PRE-SP disse que obteve vista dos autos, que correm em sigilo, na quarta-feira (25). A promotoria eleitoral paulistana afirmou que ainda não foi notificada.
Alckmin nega irregularidades em todas as suas campanhas eleitorais e se diz à disposição da Justiça Eleitoral. Há 15 dias, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu enviar o inquérito à Justiça Eleitoral, tirando o tucano da mira imediata da Lava Jato.
Procuradores dizem, no entanto, que podem pedir compartilhamento de provas para investigá-lo na esfera criminal caso encontrem indícios que sustentem o requerimento.
Na esfera civil, Alckmin é investigado pelo mesmo suposto esquema de caixa dois. O Ministério Público paulista investiga se ele cometeu improbidade administrativa. (Folhapress)
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