A PGR (Procuradoria-Geral da República) ofereceu uma segunda denúncia contra o governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), como desdobramento da Operação Acrônimo. Pimentel foi denunciado na quarta-feira (9) sob acusação de corrupção passiva.
Também foi denunciado o empreiteiro Marcelo Odebrecht -que está preso em Curitiba desde o ano passado por causa da Operação Lava Jato. A nova denúncia foi revelada pelo “Correio Braziliense” nesta sexta (11).
O processo tramita perante o STJ (Superior Tribunal de Justiça), devido ao foro privilegiado do governador. Ele já havia sido denunciado pela PGR em maio deste ano, acusado de corrupção e lavagem de dinheiro.
Para que Pimentel se torne réu, porém, é preciso que a Assembleia Legislativa de Minas autorize a abertura das ações penais, conforme decidiu o STJ em outubro.
A nova denúncia tem como base a delação premiada do empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené.
A Operação Acrônimo investiga supostos desvios para a campanha de Pimentel, com o envolvimento de gráficas e empresas de comunicação, e recebimento de vantagens de uma montadora de veículos quando ele era ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior no governo Dilma Rousseff.
Outro lado
A reportagem não conseguiu contato com o advogado de Pimentel até a publicação deste texto. Ao “Correio Braziliense”, o advogado Eugênio Pacelli afirmou que “a denúncia foi feita com base exclusivamente em depoimento de colaborador e não se ampara em nenhum meio de prova admitido pela Justiça”.
A assessoria de imprensa da Odebrecht informou que a empresa não vai se manifestar.
Folhapress
Leia mais:
- Delatora da Acrônimo diz que pagou para obter contratos em ministérios
- Em nova fase da Acrônimo, PF leva delator para explicar contradições
- Em nova etapa da Operação Acrônimo, PF faz buscas em Minas e no Rio
Leia mais sobre: Brasil