12 de agosto de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 01:06

Procuradores da Lava Jato pedem que Claudia Cruz cumpra regime fechado

Cláudia Cruz. (Foto: Dida Sampaio)
Cláudia Cruz. (Foto: Dida Sampaio)

Os procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba pediram ao juiz Sergio Moro que a jornalista Claudia Cruz, mulher do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB), seja condenada por evasão de divisas e lavagem de dinheiro e cumpra a pena, inicialmente, em regime fechado.

Em documento protocolado na 13ª Vara Criminal da Justiça Federal do Paraná, o Ministério Público Federal sustenta que ela foi beneficiária do esquema de corrupção da Petrobras ao manter conta no exterior abastecida com dinheiro de propina.

Também afirmam que a jornalista usou os valores para comprar artigos de luxo nos Estados Unidos, nos Emirados Árabes e na Europa, além de pagar despesas familiares.

“É claro que Claudia Cruz, pessoa bem esclarecida, sempre teve conhecimento de que o salário de Eduardo Cunha, como servidor público, jamais seria capaz de manter o elevado padrão de vida por eles mantido”, diz a manifestação dos procuradores.

“Claudia Cruz não foi simples usuária dos valores, mas coautora de Eduardo Cunha em lavar os ativos mediante a manutenção de conta oculta com os valores espúrios, cuja abertura foi assinada por ela, bem como por converter os ativos criminosos em de bens e serviços de altíssimo padrão”.

Além da condenação, também é solicitado que Claudia pague uma multa de aproximadamente US$ 2 milhões.

A Procuradoria listou os gastos que a mulher de Cunha fez em lojas no exterior e também mostrou que ela manteve, entre 2009 e 2014, quantias não declaradas no exterior em valores superiores a US$ 100 mil.

Procurada, a defesa de Claudia Cruz ainda não se manifestou.

No mesmo documento, protocolado nesta terça (18), é pedida a condenação do lobista João Augusto Henriques, do ex-diretor da Petrobras Jorge Zelada e do empresário português Idalécio Rodrigues de Oliveira.

Eduardo Cunha foi condenado em março por pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão fraudulenta de divisas. Ele nega os crimes e recorreu da sentença. (Folhapress)

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