Procuradora de Goiás reclama do salário de R$ 37 mil 

“Graças a Deus, meu marido é independente”. A procuradora do Ministério Público de Goiás (MPGO) Carla Fleury de Souza reclamou o salário recebido pela categoria, em sessão do Colégio de Procuradores de Justiça (CPJ), no último dia 29 de maio. A média salarial é maior que R$ 30 mil sem contar auxílios e verbas indenizatórias. (Veja ao final da matéria a tabela com as remunerações)

Filha do promotor Amaury de Sena Ayres, ela introduziu seu desabafo relembrando das dificuldades financeiras que sua família passou durante a infância. “Eu morava no Setor Sul, meu pai descia com a Caravan dele de ponto morto para economizar a gasolina. Quantas vezes eu me deparei com isso. Isso é uma verdade, é triste, mas foi o que eu passei”, relembrou.

Ao reclamar da desvalorização salarial, ela agradeceu por não ser dependente do seu cônjuge e não ter maiores despesas para se preocupar. Seus proventos são destinados a pagarem seus ‘brincos, pulseiras e sapatos’. 

“Eu sou uma mulher, graças a Deus meu marido é independente. Eu não mantenho a minha casa. Meu dinheiro é só para fazer minhas vaidades, graças a Deus. Só com meus brincos, pulseiras e sapatos. Eu tenho dó dos promotores que estão iniciando a carreira, que tem filhos na escola, porque hoje em dia o custo de vida é muito caro”

Ao final, Carla Fleury pediu desculpas com relação ao desabafo, mas disse que falou com “o coração”. “Desculpe se me exaltei, não sou uma oradora, mas falei com o cooração”. 

Qual o salário médio de um promotor?

Na estrutura remuneratória disponível no Portal da Transparência do Ministério Público de Goiás, os salários da categoria vão de R$ 30.617,25 com o cargo de promotor de Justiça substituto até R4 37.589,96 com o procurador de Justiça, posto que Carla ocupa. Clique aqui para ver a tabela na íntegra.

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