10 de agosto de 2024
Brasil • atualizado em 12/02/2020 às 23:56

Procurador pede que delação de Delcídio seja incluída nas investigações da Zelotes

O procurador da República Frederico Paiva é o condutor de uma das linhas de investigação. (Foto: Marcelo Camargo)
O procurador da República Frederico Paiva é o condutor de uma das linhas de investigação. (Foto: Marcelo Camargo)

O procurador da República Frederico de Carvalho Paiva informou nesta terça-feira (22) que solicitou ao poder Judiciário que as informações obtidas na delação premiada do senador Delcídio do Amaral sejam incluídas também nas investigações da Operação Zelotes.

“Solicitei ao Judiciário compartilhamento da delação [de Delcídio], mas o pedido ainda não foi apreciado. Acredito que a proximidade de Mauro Marcondes, da Marcondes e Mautoni Empreendimentos e Diplomacia Corporativa (M&M), com autoridades e ex-autoridades [do governo] traz indícios de que poderão ser aproveitados na Zelotes”, afirmou o condutor de uma das linhas de investigação.

Segundo o procurador, até o momento não foi possível comprovar envolvimento do ex-secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, ou da ex-secretária executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, no esquema. Paiva ainda afirmou que não encontrou provas de envolvimento da LFT Marketing Esportivo, empresa do filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Luis Claudio Lula da Silva.

“Não conseguimos apontar nenhuma interferência concreta do Gilberto Carvalho ou que, em algum momento, ele tenha recebido recursos. Mas havia encontros dele com Marcondes e alguns indícios de proximidade”, ressaltou Frederico Paiva.

O procurador lembrou ainda que a Operação Zelotes teve, no início, como foco a manipulação de julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), do Ministério da Fazenda, mas que com o passar do tempo surgiram suspeitas de vendas de medidas provisórias (MP’s), para beneficiar empresas do setor automobilístico, que acabou dividindo as atenções para o caso.

“Atualmente tentamos finalizar a análise de documentos e provas em relação a julgamentos colocados sob suspeita. O que queremos é finalizar o objetivo inicial, que era tão somente analisar os julgamentos do Carf, sem nenhuma relação com atividade parlamentar. Mas há indícios para [posterior] abertura de outros inquéritos para investigar tráfico de influência na tramitação dessas medidas”, concluiu Frederico Paiva.

Com informações da Agência Brasil

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