O procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima pediu afastamento da força-tarefa da Operação Lava Jato, segundo informou a assessoria do Ministério Público Federal no Paraná nesta quarta-feira (19).
Lima, 54, deve se aposentar no início do ano que vem e decidiu sair para se manter afastado de informações sensíveis sobre a Lava Jato no período.
Ele retorna à Procuradoria Regional da República em São Paulo e atuará no âmbito do TRF (Tribunal Regional Federal) até sua aposentadoria.
Desde a semana passada, Lima já não participa das atividades da força-tarefa.
O procurador, que é mestre em direito pela Cornell Law School, nos Estados Unidos, estava na investigação desde as etapas iniciais, em 2014, e atuou em fases como as relativas ao ex-presidente Lula.
Nos últimos anos, passou a ser um dos porta-vozes da operação e a se manifestar em redes sociais, nas quais costuma fazer críticas a opositores da investigação.
Na semana passada, por exemplo, disse que “talvez seja melhor entregar a chave dos tribunais para [o ministro] Gilmar Mendes”.
O grupo da Lava Jato deve continuar com 13 procuradores, segundo o MPF, mas o substituto de Lima, um dos mais experientes do grupo e que atuou nos primeiros acordos de colaboração premiada do país, ainda não foi confirmado. (Folhapress)
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