Em levantamento realizado em seis bancos na capital, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Bradesco, HSBC, Itaú e Banco Santander, o Procon Goiás verificou que a variação entre o menor e o maior preço de tarifas do cartão de crédito pode chegar a 447%. O órgão alerta que o pagamento parcial da fatura e a falta de conhecimento das formas de cobrança, são alguns dos motivos das dívidas contraídas pelo consumidor.
De acordo com o gerente de pesquisa e cálculo do Procon Goiás, Gleidson Tomaz afirma que a principal dívida negociada no órgão é contraída via cartão de crédito. Segundo ele é um modalidade fácil de usar e muito rápido para se endividar, por conta das taxas de juros.
“Juro de cartão de crédito, ou qualquer outra modalidade de crédito não há limite de juros definidos no Brasil. Não existe limite, mas precisa ter um equilíbrio entre consumidor e o banco. O cartão de crédito pode ser um aliado do consumidor, desde que o uso seja feito com cautela”, argumenta o gerente do Procon.
Facilidades x Dor de cabeça
Gleidson Tomaz alerta para o pagamento de contas de água e luz e saques no cartão de crédito.
Ao realizar um saque dentro do País com o cartão de crédito, o custo desta tarifa que pode variar desde R$ 6,50 até R$ 16,50, variação de 153,85%.
Quanto a pagamento de uma conta de água ou de energia, dependendo do valor, se a dívida for quitada com o cartão de crédito para evitar o pagamento com atraso, pode ficar mais cara do que os próprios encargos de multa e juros de atraso, tendo em comparação o valor do serviço cobrado pela administradora do cartão. Neste caso, a variação é de 447,50%, entre R$ 4 e R$ 21,90.
Cancelamento
De acordo com Gleidson Tomaz, caso o consumidor deseje, o cancelamento do cartão pode ser feito a qualquer momento, mesmo que esteja inadimplente ou com compras parceladas ainda a vencer.
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