19 de novembro de 2024
Cidades • atualizado em 13/02/2020 às 10:08

Procon Goiânia pesquisa abusos nos preços dos materiais escolares

Órgão tem orientado consumidores. (Foto: Prefeitura de Goiânia)
Órgão tem orientado consumidores. (Foto: Prefeitura de Goiânia)

O Procon Goiânia realizou entre os dias 18 e 22 de dezembro pesquisa de preços em diversas papelarias da grande Goiânia. Foram pesquisados 37 itens em nove estabelecimentos comerciais e a diferença de preços encontrada foi considerável, variando de 11% a 392%. O objetivo é alertar os consumidores quanto às variações de preços dos materiais escolares solicitados com mais frequência pelos estabelecimentos de ensino da Capital.

As maiores variações foram registradas em produtos como fichário (4 argolas), tesoura sem ponta – Tris, Régua 30 cm – Crimet, borracha branca (grande com capa) – Faber Castel e plástico transparente adesivo para encampar. Nesses produtos, a diferença entre o menor e o maior preço se situou entre 200% e 392%.

Já os produtos que apresentaram menor variação de preço entre os diversos estabelecimentos pesquisados foram a resma de papel sulfite A-4, caneta esferográfica – Bic, marcador de texto –Piloto, corretivo líquido – Bic e o jogo de canetinhas (12 cores) – Sis. Apesar de uma maior similaridade dos preços, a diferença ainda é grande, variando entre 11,68% e 53,33%.

Para o superintendente do Procon Goiânia, José Alício de Mesquita, o consumidor pode economizar até R$ 65 na compra dos cinco itens com maior variação de preços e até R$ 6,19 na aquisição daqueles outros cinco produtos que apresentaram menor oscilação nos preços.

“O consumidor deve ficar atento e não comprar no primeiro estabelecimento, mas pesquisar. Nós sabemos que a aquisição de materiais escolares pesa no orçamento das famílias, por isso fizemos esse apanhado de preços para que o consumidor possa planejar suas compras e conseguir economizar algum dinheiro”, explica.

De acordo com o Procon Goiânia, os preços dos materiais escolares mantiveram uma certa estabilidade e na comparação com os preços praticados em janeiro de 2017 e os previstos para janeiro de 2018 oscilou de -20% a 56,9% entre os de menor valor e de -20% a 18,57% entre os preços mais caros.

Atenção na lista escolar

O Procon Goiânia orienta o consumidor a evitar a compra exagerada de produtos e ficar atento quanto a relação de materiais solicitada pelas escolas. O superintendente lembra que não é permitida a inclusão de produtos de expediente, uso coletivo ou de limpeza nas listas de materiais, visto que esses produtos são de responsabilidade da escola e que os custos deles já estão inclusos na mensalidade cobrada pela instituição de ensino.

Segundo José Alício, materiais que estejam em desacordo com a faixa etária do aluno, sejam tóxicos ou que possam colocar em risco a vida do estudante, não devem constam nas listas de materiais das escolas. Além disso, as instituições não podem exigir marcas e nem recomendar somente um local para a compra do material didático.

“A escola deve disponibilizar a lista de materiais para que o consumidor tenha a liberdade de pesquisar preços e marcas. Qualquer situação que impeça o direito de escolha é indevida. Ocorrendo qualquer uma dessas irregularidades, as escolas poderão responder um processo administrativo e ainda serem multadas”, lembra o superintendente do Procon-Goiânia.

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