14 de setembro de 2024
Economia

Processo eleitoral não abala BB, diz presidente do banco

Presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli. (Foto: Beto Barata/PR)
Presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli. (Foto: Beto Barata/PR)

O Banco do Brasil está seguro de que terá um segundo semestre melhor do que o primeiro, apesar das instabilidades que o cenário eleitoral pode provocar na economia e nos mercados, avaliou o presidente do banco, Paulo Caffarelli, nesta quinta-feira (9).

“De maneira nenhuma abala a gente. A empresa sabe como agir em momentos como esse”, disse Caffarelli. “Apesar de toda a volatilidade, temos condições para avançar e teremos um segundo semestre mais forte.”

O banco reportou nesta quinta lucro líquido ajustado (sem efeitos extraordinários) de R$ 6,3 bilhões no primeiro semestre do ano, alta de 21,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado foi influenciado por um aumento nas receitas com tarifas e menores provisões para crédito duvidoso, conforme a inadimplência segue em queda.

“O Banco do Brasil vai se aproximar de seus pares em relação à rentabilidade. É uma instituição, por natureza, mais conservadora, mas, se necessário, seremos mais ousados”, disse Caffarelli.

O presidente reforçou que, no segundo trimestre do ano, a carteira de crédito do banco voltou a crescer pela primeira vez em todos os segmentos, se comparada ao trimestre imediatamente anterior.

A carteira atingiu R$ 685,5 bilhões em junho, alta de 1,5% ante março, mas uma redução em relação aos R$ 696,1 bilhões de junho de 2017. O avanço é contido pelo financiamento à pessoa jurídica, sobretudo a micro e pequenas empresas.

“O banco passou por período de perdas significativas no segmento. Chegamos a ter uma carteira de R$ 90 bilhões, hoje estamos abaixo de R$ 50 bilhões”, disse Caffarelli.

O BB trabalha para diversificar sua carteira de MPE, dependendo menos de investimentos e focando em operações de prazo mais curto, como capital de giro e recebíveis. 

Caffarelli sinalizou que no terceiro trimestre o banco pode começar a ver um crescimento da carteira geral de crédito também na base anual. “Os números de agosto já estão se mostrando bastante interessantes. Acredito que a retomada no consumo puxará a demanda por crédito. O importante agora é que foi estancada a perda.”

Segundo Caffarelli, a economia demonstra reação após o baque da paralisação de caminhoneiros de maio, a inflação deve ficar abaixo do centro da meta do governo, de 4,5%, e parte dos investimentos não será represado à espera das eleições. O BB projeta um crescimento de 1,7% para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2018.

Questionado sobre uma eventual privatização do BB, levantada por alguns presidenciáveis e suas equipes econômicas, Caffarelli disse que o banco está acostumado a lidar com o tema há muitos anos, “porque sempre que tem eleição se fala nisso”.

“Não perco um segundo do meu sono por causa disso. Isso não nos afeta, diz única e exclusivamente ao acionista majoritário do banco. Independentemente de ser um banco público ou, no futuro, vir a se tornar privado, o BB está em uma rota forte de consolidação”, afirmou. (Folhapress) 

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